Guatemala

Congresso da Guatemala revoga estado de calamidade por covid-19

Os deputados opositores rejeitaram a decisão do governante ao argumentar que permite ao Executivo fazer compras sem controle, o que favorece a falta de transparência e a corrupção.

Agência France-Presse
postado em 24/08/2021 17:54 / atualizado em 24/08/2021 17:55
 (crédito: Johan ORDONEZ / AFP)
(crédito: Johan ORDONEZ / AFP)

O Congresso da Guatemala revogou na madrugada desta terça-feira (24) o estado de calamidade ordenado em 13 de agosto pelo presidente Alejandro Giammattei para conter a expansão da covid-19.

Allan Rodríguez, legislador governista e presidente do Congresso, disse que o decreto foi revogado por 103 votos contra, 54 a favor e 3 ausências entre os 160 membros do Legislativo guatemalteco.

Giammattei tinha decretado o estado de calamidade em 13 de agosto com o objetivo de frear o aumento de casos e mortes pela pandemia registrado nas semanas anteriores.

A medida incluía toque de recolher noturno e restringia vários direitos incluídos em artigos constitucionais como as manifestações e as reuniões maciças.

"Comemoramos, é uma grande vitória para o povo da Guatemala, nosso voto foi a favor de enterrar este estado de calamidade, que também tinha objetivos de impor uma ditadura da corrupção", comentou o parlamentar da oposição Samuel Pérez, da bancada Semilla (centro-esquerda).

Os deputados opositores rejeitaram a decisão do governante ao argumentar que permite ao Executivo fazer compras sem controle, o que favorece a falta de transparência e a corrupção.

O país centro-americano, com cerca de 17 milhões de habitantes, somava até a segunda-feira 440.007 casos e 11.516 mortes por covid-19, em um momento em que os contágios superam os 5.000 diários.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação