Homens armados mataram mais de 150 pessoas no dia 17 de agosto em um ataque na região oeste da Etiópia que provocou violentas represálias, afirmou nesta quinta-feira (26) a Comissão dos Direitos Humanos, com base em depoimentos que acusam um grupo rebelde oromo.
De acordo com testemunhas, homens armados supostamente vinculados ao Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês) executaram ataques "de caráter étnico", afirmou o organismo independente vinculado ao governo etíope.
Os ataques, que aconteceram um dia após uma retirada das forças de segurança da região de Gida-Kirimu, provocaram "represálias que mataram mais de 60 pessoas", completou a Comissão.
Muitos habitantes fugiram para a cidade de Kirimu, assim como para a região vizinha de Amhara.
O OLA, que tem milhares de membros, é uma derivação da Frente de Libertação Oromo, partido opositor cujos líderes retornaram do exílio após a chegada ao poder de Abiy Ahmed em 2018.
O governo acusou nos últimos meses este grupo rebelde de executar massacres contra os amhara, o segundo grupo étnico da Etiópia. O OLA nega responsabilidade.
No início do mês, a organização oroma anunciou um acordo com os rebeldes da Frente de Libertação Popular de Tigré, que lutam contra o exército federal há nove meses nesta região setentrional.
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