Cidade de Beita

Morre palestino baleado pelo Exército israelense na Cisjordânia

O homem chegou em estado crítico ao hospital Rafidia, em Nablus, após ser baleado no peito

Um palestino baleado pelo Exército israelense nesta sexta-feira (6/8), na Cisjordânia ocupada, não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital - anunciou o Ministério palestino da Saúde.

Imad Ali Mohammad Dweikat, de 38 anos, chegou "em estado crítico" ao hospital Rafidia, em Nablus, onde faleceu, ferido por "uma bala real no peito", na cidade de Beita, informou o Ministério em um comunicado.

A localidade vizinha tem sido palco de vários protestos contra a colonização e a ocupação.

O Exército israelense informou sobre "distúrbios", durante os quais "700 palestinos queimaram pneus e lançaram pedras e coquetéis molotov" na direção das forças israelenses.

Estas "responderam, usando meios de dispersão antichoque", disse o Exército à AFP.

"Estamos a par de informações, segundo as quais um palestino morreu", e outros ficaram feridos, completou.

No início da tarde de hoje, centenas de palestinos se reuniram em Beita, e alguns lançaram pedras na direção dos soldados israelenses, observou um jornalista da AFP.

Na sexta-feira passada, pelo menos 270 palestinos ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses nas manifestações em Beita e no enterro de um jovem palestino morto no dia anterior, no sul da Cisjordânia, segundo o Crescente Vermelho Palestino.

Desde maio, os moradores de Beita se manifestam contra a instalação nos arredores de uma colônia israelense não autorizada pelas autoridades.

O assentamento de Eviatar foi evacuado no início de julho, mas está sob proteção pelo Exército israelense, enquanto as autoridades decidem seu futuro.

Se o governo israelense se pronunciar a favor dos colonos, eles estarão autorizados a se instalar de uma forma mais duradoura.

Os residentes de Beita prometeram continuar mobilizados, enquanto o Exército permanecer no local.

A Cisjordânia é um território palestino ocupado por Israel desde 1967. Cerca de 475.000 pessoas vivem em colônias israelenses neste território. Esses assentamentos são considerados ilegais à luz do direito internacional.

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