Os Estados Unidos expressaram preocupação com os membros do governo talibã nomeados nesta terça-feira (7) no Afeganistão. No entanto, garantiram que irão avaliá-los por suas ações, como permitir a saída livre de afegãos.
"Observamos que a lista anunciada consiste exclusivamente de pessoas que são membros do Talibã ou seus aliados, sem mulheres", declarou um porta-voz do Departamento de Estado durante a visita do secretário Antony Blinken ao Catar para conversas sobre o Afeganistão.
Acrescentou que "também estamos preocupados com as afiliações e históricos de alguns deles". "Entendemos que os talibãs apresentaram isso como um gabinete temporário. Contudo, avaliaremos os talibãs por suas ações, não por suas palavras".
O Departamento de Estado insistiu em seu pedido para que o Talibã forneça passagem segura para americanos e afegãos que desejam deixar o Afeganistão.
Blinken disse anteriormente no Catar que o Talibã cooperavam quando os viajantes apresentavam documentos de viagem.
O Talibã nomeou Mohammad Hasan Akhund como primeiro-ministro interino, que está na lista de sanções da ONU e fez parte do regime brutal do movimento que governo o Afeganistão entre 1996 e 2001.
Seu subordinado será Abdul Ghani Baradar, cofundador do Talibã, que foi libertado pelo Paquistão sob pressão dos Estados Unidos para participar das negociações para a retirada das tropas estrangeiras.
O ministro do Interior será Sirajuddin Haqqani, membro de uma rede que Washington designou como terrorista. "Deixamos clara nossa expectativa de que o povo afegão merece um governo inclusivo", disse o porta-voz americano.
O Talibã assumiu o poder em agosto, depois de remover rapidamente o governo apoiado por potências ocidentais, depois da retirada das forças militares americanas.
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