Mianmar

Confrontos entre Exército e milícias deixam vários mortos em Mianmar

Segundo o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun, tropas do Exército birmanês foram atacadas na quinta-feira (9) com "armas leves e artesanais", quando entraram na aldeia de Myin Thar

Agência France-Presse
postado em 10/09/2021 12:06 / atualizado em 10/09/2021 12:21
 (crédito: Handout / MYAELATT ATHAN / AFP)
(crédito: Handout / MYAELATT ATHAN / AFP)

Várias pessoas morreram em violentos confrontos em uma aldeia no oeste de Mianmar - informaram autoridades locais nesta sexta-feira (10).

O Exército alega ter respondido aos disparos de uma milícia de cidadãos, matando pelo menos 10 pessoas, de acordo com testemunhas.

Segundo o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun, tropas do Exército birmanês foram atacadas na quinta-feira (9) com "armas leves e artesanais", quando entraram na aldeia de Myin Thar.

Os militares mataram os combatentes, acrescentou o porta-voz, sem divulgar o número de óbitos.

"Mais de dez pessoas morreram", noticiou a imprensa local.

Os soldados do Tatmadaw (nome das Forças Armadas birmanesas) atearam fogo em várias casas, relatou um morador à AFP. Outra testemunha contou que os habitantes fugiram dos combates e se refugiaram em um mosteiro.

O Exército birmanês derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro passado, pondo fim a um período democrático de dez anos no país.

Desde então, os generais adotam uma repressão sangrenta contra vozes opositores. Mais de 1.000 civis foram mortos, e mais de 6.000, presos. ONGs denunciam casos de tortura, estupro e execuções extrajudiciais.

Em reação, "forças de defesa do povo", um aglomerado de milícias de cidadãos, foram organizadas para liderar uma guerrilha contra os militares.

Aung San Suu Kyi, de 76 anos, cumpre prisão domiciliar desde que foi deposta e detida. Alvo de diferentes acusações, em particular sedição e corrupção, seu julgamento foi adiado, devido à pandemia de coronavírus que afeta o país.

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