Eleições

Noruega tem início de consultas para formação de novo governo após vitória da esquerda

A atual primeira-ministra, a conservadora Erna Solberg, reconheceu na segunda-feira à noite a derrota da coalizão de centro-direita, o que abriu o caminho para a alternância de poder

Agência France-Presse
postado em 14/09/2021 09:56 / atualizado em 14/09/2021 09:56
 (crédito: Heiko Junge  NTB / AFP)
(crédito: Heiko Junge NTB / AFP)

Os partidos de esquerda da Noruega iniciaram nesta terça-feira (14/9), um dia depois de sua vitória nas eleições legislativas, consultas e negociações que prometem ser longas para formar um novo governo e retirar a direita do poder após oito anos.

O Partido Trabalhista do provável próximo primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, e seus principais aliados, o Partido de Centro e a Esquerda Socialista, conquistaram maioria absoluta ao somar 89 das 169 cadeiras do Parlamento unicameral, de acordo com os resultados ainda provisórios.

A atual primeira-ministra, a conservadora Erna Solberg, reconheceu na segunda-feira (13/9) à noite a derrota da coalizão de centro-direita, o que abriu o caminho para a alternância de poder.

"Durante os próximos dias, eu convidarei para reuniões os líderes de todos os partidos que desejam um novo governo", afirmou Støre, que falou sobre a desigualdade social em seu discurso de vitória.

Além do Partido de Centro e da Esquerda Socialista, o milionário de 61 anos afirmou que pretende dialogar com outras forças da atual oposição, os comunistas do Rødt e os ecologistas do MDG, que conquistaram oito e três cadeiras, respectivamente.

O Partido de Centro, que defende principalmente os interesses do mundo rural, e a Esquerda Socialista, preocupada com a justiça social e a proteção do meio ambiente, divergem em muitos temas, inclusive em questões fiscais e de petróleo - a Noruega é o maior produtor de hidrocarbonetos da Europa ocidental.

Embora os três partidos tenham integrado o governo de Jens Stoltenberg, o antecessor de Jonas Gahr Støre como líder trabalhista, os centristas afirmaram durante a campanha que se recusariam a governar com a Esquerda Socialista, uma linha que parece ter moderado nos últimos dias.

Um novo Executivo não deve ser formado antes de várias semanas.

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