Vacinação

Covax enviou mais de 260 milhões de doses de vacina a 141 países

Mais de 5,7 bilhões de doses foram administradas pelo mundo, mas só 2% foram aplicadas no continente africano, segundo o diretor da OMS

Agência Estado
postado em 14/09/2021 13:31 / atualizado em 14/09/2021 13:32
 (crédito: Mamyrael/AFP)
(crédito: Mamyrael/AFP)

Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom informou que a iniciativa Covax, mecanismo global para acesso aos imunizantes, enviou mais de 260 milhões de doses de vacina contra covid-19 a 141 países. "Mas, como vocês sabem, a Covax também enfrentou vários desafios, com os fabricantes priorizando acordos bilaterais e muitos países de alta renda bloqueando o fornecimento global de vacinas", pontuou o diretor em coletiva à imprensa nesta terça-feira.

Em relação à equidade de distribuições de vacina, Tedros afirmou que a "África foi deixada para trás pelo resto do mundo". Mais de 5,7 bilhões de doses foram administradas pelo mundo, mas só 2% foram aplicadas no continente africano, segundo o diretor. Até o momento, apenas 2 países africanos alcançaram a meta de OMS de vacinar ao menos 40% da sua população contra a covid-19 ainda neste ano, informou Tedros.

"Só 3,5% da nossa população foi totalmente imunizada contra a covid-19", disse o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da África, John Nkengasong. "As vacinas são a solução para sairmos dessa pandemia coletivamente. E isso precisa ser feito rapidamente".

Secretária Executiva da Comissão Econômica para África na ONU, Vera Songwe reforçou que é necessário financiamento para as vacinas no continente. "Precisamos produzir essas vacinas e esperamos trabalhar com a OMS, Covax e Unicef", disse. Songwe ainda afirmou que o intuito não é só produzir as vacinas, mas trabalhar também vendê-las dentro e fora da África.

"Não queremos doações. Vocês podem doar, se quiserem, mas queremos acesso para conseguir comprar os imunizantes", esclareceu o enviado especial da União Africana para covid-19, Strive Masiyiwa. "Apreciamos as doações. Mas também queremos comprar, ao mesmo tempo".

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