Eleições

Angela Merkel na opinião de outros líderes mundiais

Após 16 anos no poder, Angela Merkel conquistou o respeito de muitos líderes mundiais, mas também provocou a ira de alguns rivais políticos.

Agência France-Presse
postado em 17/09/2021 09:11 / atualizado em 17/09/2021 09:11
 (crédito: ANNEGRET HILSE / POOL / AFP)
(crédito: ANNEGRET HILSE / POOL / AFP)

A seguir uma compilação de declarações de outros líderes sobre a chanceler da Alemanha.

Vladimir Putin, presidente da Rússia

"Tenho confiança nela, é uma pessoa muito aberta", afirmou em uma entrevista ao jornal Bild em 2016, antes de destacar que a chanceler "faz realmente um esforço honesto para resolver as crises".

Emmanuel Macron, presidente da França

No último conselho de ministros França-Alemanha organizado em Paris, Macron elogiou Merkel e a agradeceu por seu trabalho.

"Este último conselho me permite dizer tudo o que a relação franco-alemã deve a seu compromisso, sua vontade, às vezes sua paciência conosco, e sua capacidade de ouvir. Obrigado infinitamente por isto", disse.

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos

"Seu aspecto impassível reflete o seu senso de análise pragmático. Ela era conhecida por desconfiar de explosões emocionais ou da retórica excessiva, e sua equipe reconheceu mais tarde que ela era, a princípio, cética a meu respeito precisamente por minhas habilidades de oratória. Não fiquei ofendido, pensei que em um líder alemão, uma aversão a uma eventual demagogia era algo saudável", escreveu em suas memórias "Uma terra prometida".

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia

"Sabe sempre colocar as coisas no contexto dos muitos anos na Europa que ajudou a moldar. Com frases simples, ela lembra as pessoas do que é importante. E muitas vezes, quando chegamos a um impasse, ela apresenta uma ideia e então voltamos a caminhar. Vamos sentir falta disso", declarou em um fórum de política europeia em maio de 2021.

Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria

Durante uma visita a Baviera, ele criticou a generosa política de recepção de refugiados iniciada por Merkel na crise migratória de 2015.

"A coisa mais importante é que não pode existir imperialismo moral. Não duvido do direito da Alemanha de definir suas obrigações morais para o país. Eles podem decidir se aceitam todos os refugiados ou não, mas isso só deveria ser obrigatório para eles".

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu

"Tem um dinamismo e uma resistência extraordinários, assim como uma força interior incrível que permite seguir na mesa e fazer com que as negociações avancem. Seu objetivo é sempre chegar a este compromisso tão importante que, por definição, deixará todos um pouco frustrados e um pouco tristes, e este espírito a ajudou a remodelar nosso mundo", disse durante a entrega de um diploma honorário em setembro de 2019.

Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda

"Ela traz compreensão e decência para a política. Quando começa a falar no Conselho Europeu, muitos ainda estão com seus iPhones. Mas, imediatamente, todos os largam. As canetas também. E nós escutamos. Ela tem uma autoridade enorme", afirmou em maio de 2021.

Jean-Claude Juncker, ex-presidente da Comissão Europeia

"Sempre se diz que Merkel não é uma pessoa que se deixa levar por emoções ou empatia. Isso não corresponde às muitas observações que posso fazer (...) Na crise dos refugiados, eu a ouvi dizer que poderia colocar-se na pele dos refugiados por razões filosóficas, de religião ou de cor", afirmou em uma entrevista ao jornal belga Le Soir em agosto de 2021.

Yanis Varoufakis, ex-ministro das Finanças da Grécia

"Merkel enterrou a ideia dos eurobônus e fechou o caixão (...) A senhora Merkel permaneceu fiel a si mesma, mas de uma forma que é extraordinariamente negativa e destrutiva para a UE", declarou em uma entrevista ao canal público alemão ZDF em 2020 o maior crítico da austeridade europeia na crise econômica anterior.

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