VENEZUELA

Delegação do governo Maduro chega ao México para negociar com oposição

Os representantes do chavismo pedem o fim das sanções contra a Venezuela e o reconhecimento de Maduro como chefe de Estado, cuja reeleição em 2018 é denunciada como uma fraude por seus adversários. A oposição busca estabelecer um cronograma eleitoral que inclua novas eleições presidenciais.

Agência France-Presse
postado em 25/09/2021 17:59
 (crédito: Jhonn Zerpa/AFP)
(crédito: Jhonn Zerpa/AFP)

A delegação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou na tarde deste sábado (25) à Cidade do México para a terceira rodada de negociações com a oposição, informou Jorge Rodríguez, líder do Assembleia Nacional venezuelana.

"Chegamos à linda e hospitaleira terra mexicana para defender a verdade e a dignidade da Venezuela. Esperem notícias nossas", escreveu no Twitter Rodríguez, que chefia a delegação do governo Maduro.

"Novamente chega ao México a nossa delegação, para continuar a jornada de Diálogo com as oposições venezuelanas [...] esperamos novos acordos e resultados positivos para o povo da Venezuela", publicou Maduro no Twitter.

O início da terceira rodada estava programado para a última sexta-feira (24), mas nenhum integrante da delegação do governo chavista se apresentou na Cidade do México.

"Diante da ausência da delegação do regime [de Maduro] no dia de hoje [24], a delegação da Plataforma Unitária reitera o seu compromisso de avançar neste processo", afirmaram os negociadores da oposição, que compareceram ao hotel onde estava marcado o encontro, em um comunicado divulgado na sexta-feira no Twitter por seu principal porta-voz, Gerardo Blyde.

Até o momento, Blyde ainda não tinha se manifestado sobre a chegada de Rodríguez ao México.

Na negociação, os representantes do chavismo pedem o fim das sanções contra a Venezuela e o reconhecimento de Maduro como chefe de Estado, cuja reeleição em 2018 é denunciada como uma fraude por seus adversários.

A oposição, por sua vez, busca estabelecer um cronograma eleitoral que inclua novas eleições presidenciais.

Os encontros anteriores terminaram com acordos em pontos nos quais existe maior consenso: mecanismos para financiar vacinas contra a covid-19 e a ratificação da "soberania" da Venezuela sobre o território Essequibo, na Guiana.

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