Natureza

'Mudança ambiental': EUA declaram extintas 23 espécies

O pica-pau-bico-de-marfim, por exemplo, já foi a maior espécie de pica-pau dos EUA, mas foi visto pela última vez em 1944

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postado em 30/09/2021 09:18
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O pica-pau-bico-de-marfim está entre as 23 espécies declaradas extintas pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (US Fish and Wildlife Service, ou FWS) nesta semana.

Ao todo, 11 aves, um morcego, dois peixes, uma planta e oito tipos de mexilhão foram declarados extintos. Por esse motivo, o serviço propôs removê-los da Lei de Espécies Ameaçadas (ESA, na sigla em inglês), que protege as espécies sob ameaça.

O FWS disse que tomou a medida com base em "análises rigorosas da melhor ciência disponível para cada uma dessas espécies".

"Cada uma dessas 23 espécies representa uma perda permanente para o patrimônio natural de nossa nação e para a biodiversidade global", disse Bridget Fahey, que supervisiona a classificação de espécies para o FWS, segundo o jornal New York Times. "E é um lembrete preocupante de que a extinção é uma consequência das mudanças ambientais causadas pelo homem."

O pica-pau-bico-de-marfim já foi a maior espécie de pica-pau dos EUA, mas foi visto pela última vez em 1944 na Louisiana. A espécie foi oficialmente listada como ameaçada de extinção em 1967.

Outra ave declarada extinta é a Vermivora bachmanii (Bachman's warbler em inglês), uma das aves canoras mais raras da América do Norte. Ela também estava listada como ameaçada de extinção desde 1967.

Oito espécies de pássaros do Havaí e o morcego frugívoro Pteropus tokudae(little Marianas fruit bat em inglês), da ilha de Guam, no Pacífico, também estão na lista.

Pica-pau-bico-de-marfim, Campephilus principalis, provavelmente está extinto; avistado pela última vez na década de 1980, Louisiana, EUA (foto: Auscape / Universal Images Group via Getty Images)
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O pica-pau-bico-de-marfim já foi a maior espécie de pica-pau dos EUA

O comunicado da agência que lista as espécies declaradas extintas e aponta a última vez que foram vistas pode ser acessadovisto aqui (em inglês).

O texto diz que "as circunstâncias de cada espécie também destacam como a atividade humana pode levar ao declínio e extinção de espécies, contribuindo para a perda de habitat e introdução de espécies invasoras e doenças". Afirma, ainda, que "os impactos crescentes das mudanças climáticas devem exacerbar ainda mais essas ameaças e suas interações".

O FWS, em seu comunicado, disse que as proteções oferecidas pela ESA, que entrou em vigor em 1973, chegaram tarde demais para essas espécies. Mas ressaltou que o ato teve sucesso em prevenir a extinção de mais de 99% das espécies listadas, e suas proteções são necessárias agora mais do que nunca.

"O Serviço está ativamente engajado com diversos parceiros em todo o país para prevenir futuras extinções, recuperar espécies listadas e prevenir a necessidade de proteções federais em primeiro lugar", disse Martha Williams, Diretora Adjunta Principal do FWS.

"A Lei das Espécies Ameaçadas tem sido incrivelmente bem-sucedida tanto na prevenção de extinções quanto na inspiração das diversas parcerias necessárias para atender aos crescentes desafios de conservação do século 21."


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