ESTADOS UNIDOS

"Sinto muito", diz atirador que matou 17 pessoas em escola na Flórida

O pedido de perdão, contudo, não comoveu Manuel Oliver, 54 anos, pai de Joaquín Olíver, 17, um dos 17 mortos pelo atirador

Correio Braziliense
postado em 21/10/2021 06:00
Manuel Oliver, pai de Joaquín Oliver, estudante de 17 anos assassinado em Parkland -  (crédito: Arquivo pessoal)
Manuel Oliver, pai de Joaquín Oliver, estudante de 17 anos assassinado em Parkland - (crédito: Arquivo pessoal)

Diante da juíza Elizabeth Scherer, no Tribunal do Condado de Broward (Flórida), Nikolas Cruz, 23 anos, declarou-se culpado de 17 acusações de homicídio e 17 de tentativa de homicídio. “Sinto muito pelo que fiz e tenho que conviver com isso todos os dias. Me dá pesadelos. Se eu pudesse ter uma segunda chance, faria tudo ao meu alcance para ajudar outras pessoas”, disse o jovem que, em 14 de fevereiro de 2018, provocou um massacre na escola de ensino médio Parkland. “É uma decisão de vocês para onde eu vou, se vou viver, ou morrer, e não do júri”, completou, dirigindo-se aos familiares.

O pedido de perdão não comoveu Manuel Oliver, 54 anos, pai de Joaquín Olíver, 17, um dos 17 mortos pelo atirador. “Não desejo a morte de ninguém, mas, neste caso, a pena capital surge como a opção mais próxima da justiça”, afirmou ao Correio o morador de Parkland. “A Corte permitiu a este assassino se declarar culpado. Isso elimina a opção de um julgamento. Para mim, é bom, pois simplifica e acelera o processo. O júri, a ser escolhido em janeiro, decidirá pela prisão perpétua ou pela pena de morte.”

Manuel contou que, na manhã de ontem, foram divulgados detalhes sobre a morte do filho. “Isso me impactou. Eu e minha esposa, Patricia, somos ativistas contra a irresponsável venda de armas. O que escutamos hoje (ontem) nos permitirá trabalharmos mais forte, dedicarmos tempo à memória de Joaquín e a ações de prevenção”, disse.

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“O importante agora é que se faça justiça e que eu e minha esposa, como pais de Joaquín, seguiremos na luta contra o comércio de armas. Quero que o Brasil conheça o que acontece diariamente nos EUA: centenas de pessoas inocentes perdem a vida, diariamente, por causa de uma política que defenda a indústria das armas. O caso de Joaquín é mais um entre vários.” Manuel Oliver, pai de Joaquín Oliver, estudante de 17 anos assassinado em Parkland.

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