Depois da Pfizer, ontem foi a vez de a farmacêutica Moderna divulgar os resultados positivos de sua vacina contra a covid-19 entre crianças com idade entre 6 anos e 11 anos. A eficácia do imunizante nessa faixa etária foi comprovada em uma pesquisa clínica que teve a participação de aproximadamente 4,7 mil crianças. Os responsáveis pela análise também pretendem apresentar, em “curto prazo”, todos os dados científicos para a Agência Regulatória de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês).
Hoje a FDA deve avaliar o pedido apresentado pela Pfizer para aplicar o fármaco nas crianças. Por enquanto, está autorizada a vacinação nos que têm a partir de 12 anos. Principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, o médico Anthony Fauci acredita que a campanha de imunização para as crianças menores começará no próximo mês.
No estudo, a Moderna dividiu as crianças em dois grupos — parte delas recebeu uma dose de 50 microgramas do medicamento, metade da quantidade usada em adultos, enquanto a outra parcela tomou placebo. De acordo com o laboratório, os vacinados apresentaram, em média, 1,5 vezes mais anticorpos do que jovens adultos que foram imunizados com a dose mais alta. A maioria dos efeitos colaterais foi leves ou moderada e consistiu em fadiga, dor de cabeça, febre e dor no local da injeção.
Esses resultados, divulgados por meio de um comunicado, ainda não incluem uma estimativa (porcentagem) da eficácia da vacina, mas a Moderna promete revelar esses dados futuramente, à medida que os casos da doença se acumularem entre os participantes do estudo.
No caso da Pfizer, a eficácia anunciada pela empresa para os pequenos foi de 90,7%. A aprovação pela FDA abriria caminho para que mais 28 milhões de pessoas sejam vacinadas nos Estados Unidos. Um documento informativo publicado no site do órgão indica que a agência acredita que os benefícios superam os riscos do efeito colateral mais preocupante para essa faixa etária: miocardite ou inflamação do coração.
“Se tudo correr bem, e conseguirmos aprovação regulatória, é inteiramente possível, senão altamente provável, que as vacinas estejam disponíveis para crianças de 5 a 11 anos na primeira ou segunda semana de novembro”, estimou Fauci em entrevista à rede de televisão ABC News.
Mais de 150 crianças nessa faixa etária morreu de covid-19 nos Estados Unidos desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.
Medicamento
Também ontem, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que está realizando uma revisão acelerada dos efeitos da pílula antiviral (molnupiravir) contra a covid-19, que foi desenvolvida por outra empresa farmacêutica americana, a Merck Sharp & Dohme (MSD).
De acordo com a EMA, os resultados preliminares dos estudos de laboratório e clínicos “sugerem que o medicamento pode reduzir a capacidade do Sars-CoV-2 (vírus que causa a covid-19) de se multiplicar no corpo, prevenindo a hospitalização ou a morte dos pacientes”.
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