Itália

Lei contra a homofobia é bloqueada pelo Senado na Itália

Este projeto de lei, em uma nova versão, não poderá ser apresentado ao Senado até dentro de seis meses, segundo as normas parlamentares italianas

Agência France-Presse
postado em 27/10/2021 13:13 / atualizado em 27/10/2021 13:13
 (crédito: Mladen ANTONOV / AFP)
(crédito: Mladen ANTONOV / AFP)

O Senado italiano bloqueou nesta quarta-feira (27) um projeto de lei contra a homofobia, ao qual os partidos de direita e o Vaticano se opuseram energicamente.

A chamada Lei 'Zan' - nome do deputado Alessandro Zan do Partido Democrata (PD, centro-esquerda) - pretende punir os atos de discriminação e incitação à violência contra LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.

Mas em uma votação secreta convocada pelos partidos de extrema direita da Liga e do Fratelli d'Italia (FDI), a Câmara Alta impediu por 154 votos contra 131 e bloqueou a iniciativa que havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados em novembro de 2020.

Este projeto de lei, em uma nova versão, não poderá ser apresentado ao Senado até dentro de seis meses, segundo as normas parlamentares italianas.

O bloqueio deste projeto é "uma página sombria para a democracia e os direitos. O Senado decidiu se manter afastado das verdadeiras exigências" do país, destacou Zan.

Os críticos da lei consideram que pode colocar em risco a liberdade de expressão e que abriria o caminho para a "propaganda homossexual" nas escolas, argumentos rejeitados por Zan.

Na Itália, país tradicionalmente católico que abriga tambiém em seu território o Vaticano, a legislação sobre as questões LGBTQIA+ é especialmente sensível.

No entanto, segundo uma pesquisa realizada em julho, a lei teria 62% de apoio entre a população.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação