OMS

Atual diretor da OMS é único indicado para chefiar organização

Tedros, ex-ministro da Saúde e das Relações Exteriores da Etiópia, tornou-se o primeiro africano a ser eleito diretor-geral da OMS em maio de 2017

Agência Brasil
postado em 29/10/2021 10:07 / atualizado em 29/10/2021 10:07
 (crédito:  03/07/2020 Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS)
(crédito: 03/07/2020 Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS)

O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) em meio à resposta à pandemia de covid-19, está a caminho de novo mandato de cinco anos à frente da agência, depois de ser o único candidato indicado por 28 países, disseram diplomatas ocidentais nesta sexta-feira (29).

Os diplomatas citaram carta enviada pela OMS a seus 194 países-membros, informando-os sobre as indicações confidenciais contidas em envelopes selados entregues no final de setembro.

A Etiópia se recusou a indicar Tedros para um segundo mandato devido a tensões geradas pelos conflitos na região do Tigré, o que tornou necessário que outros países o indicassem.

Entre os 28 países que indicaram Tedros para um novo mandato estão a França, Alemanha e outros membros da União Europeia, além de três países africanos - Botswana, Quênia e Ruanda - disseram os diplomatas à Reuters. Os Estados Unidos não estavam entre esses países.

A questão é delicada. A União Africana sequer discutiu a indicação, e isso não aconteceu nem mesmo no último encontro do bloco neste mês, acrescentaram diplomatas africanos.

A OMS realizará a eleição para o cargo de diretor-geral em sua reunião anual de ministros da Saúde, em maio do ano que vem. As indicações foram mantidas em sigilo para evitar campanhas antecipadas.

Tedros, ex-ministro da Saúde e das Relações Exteriores da Etiópia, tornou-se o primeiro africano a ser eleito diretor-geral da OMS em maio de 2017.

Ele tem liderado a agência na resposta à pandemia de covid-19, a pior crise global de saúde pública em um século, que começou na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019 e já matou 5,2 milhões de pessoas.

A porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse que a agência divulgará nota sobre as indicações.

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