Justiça

Depoimento do ex-presidente argentino Mauricio Macri é adiado

Ele havia sido intimado há uma semana para depor por suposta responsabilidade na espionagem de parentes dos 44 marinheiros que morreram em naufrágio

O depoimento do ex-presidente argentino Mauricio Macri no âmbito de uma investigação por suposta espionagem, marcado para esta quinta-feira (7), foi adiado para 20 de outubro devido ao fato do ex-presidente estar fora do país, segundo fontes judiciais.

Macri havia sido intimado há uma semana para depor por sua suposta responsabilidade na espionagem de parentes dos 44 marinheiros que morreram no naufrágio do submarino ARA San Juan em 2017.

O juiz Martín Bava, do tribunal de Dolores, na província de Buenos Aires, decidiu adiar o comparecimento do ex-presidente para o dia 20 de outubro, às 10h00.

Na quarta-feira, Patricia Bullrich, presidente do partido da Proposta Republicana (PRO), do qual Macri faz parte, adiantou que o ex-presidente não compareceria à convocação judicial.

"Na minha qualidade de presidente do Pro venho informar, como era público e bem conhecido à data de sua resolução, que o engenheiro Macri está fora do país cumprindo compromissos internacionais prevendo seu retorno no final" de outubro, escreveu Bullrich em uma nota ao juiz.

O juiz já ordenou o julgamento dos chefes dos serviços secretos, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani, acusados de "fazer inteligência ilegal" sobre parentes dos marinheiros.

Macri, de 62 anos, estava nos Estados Unidos na semana passada quando foi convocado para depor. Na ocasião, o juiz emitiu a proibição de saída do país, que entrará em vigor a partir de seu retorno à Argentina.

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