IMUNIZAÇÃO

Estados Unidos reabrem fronteiras a partir desta segunda

Visitantes poderão entrar no país desde que apresentem um certificado oficial de vacinação. Serão aceitos os imunizantes aprovados pela OMS, o que engloba todas as fórmulas aplicadas no Brasil

Correio Braziliense
postado em 08/11/2021 06:00
 (crédito:  SPENCER PLATT)
(crédito: SPENCER PLATT)

Vinte meses depois de severas restrições quanto à entrada de visitantes em função da pandemia da covid-19, os Estados Unidos reabrem hoje as fronteiras aéreas e terrestres. A expectativa é de que o fim da medida, criticada pela Europa e pelos vizinhos Canadá e México, resulte em uma chegada expressiva de visitantes nos próximos dias, além de reencontros entre familiares e amigos e da retomada de relações comerciais.

Para entrar no país, será preciso apresentar um certificado oficial de vacinação e o teste negativo para covid-19 feito nos três dias anteriores à partida. Serão aceitas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — condição que engloba todos os imunizantes aplicados no Brasil. Em casos de imunização mista — em que a pessoa recebeu doses de fórmulas diferentes —, vale também a regra de chancela da OMS. Menores de 18 anos estão isentos dos novos requisitos de vacina.

Ao chegar aos EUA, os visitantes assinarão um documento em que se dizem cientes de que o fornecimento "intencional de informações falsas ou enganosas podem resultar em multas criminais e prisões." Pelo Twitter, o porta-voz da Casa Branca, Kevin Munoz, disse que o governo espera "uma alta demanda" de serviços e que está "tomando medidas críticas para (….) fornecer recursos adicionais." O governo pediu a companhias aéreas que se preparassem para um fluxo maior de passageiros e alertou aos que cruzarão as fronteiras terrestres que estejam dispostos a enfrentar filas de atendimento mais longas.

A United Airlines estima, para hoje, um aumento de 50% no total de passageiros internacionais entrando no país, tendo como referência o fluxo da segunda-feira passada, quando foram registradas cerca de 20 mil pessoas. A Delta Air Lines, por sua vez, informou que, nas últimas seis semanas, houve um aumento de 450% nas reservas de pontos de venda internacionais, em relação às seis semanas anteriores.

Também hoje passarão a valer as novas regras de rastreamento de contato. Com elas, as companhias aéreas são obrigadas a coletar as informações de passageiros aéreos internacionais para, se necessário, "acompanhar os viajantes que foram expostos a variantes do Sars-CoV-2 ou de outros patógenos".

Restrições em cadeia

Em fevereiro de 2020, para se proteger dos países mais atingidos pela covid-19, Donald Trump, à época presidente, impôs rapidamente restrições de viagens da China. As limitações envolvendo outros países foram sendo estabelecidas logo em seguida. Em 13 de março, foi a vez dos países da Europa pertencentes ao espaço Schengen. Reino Unido e Irlanda foram restringidos alguns dias depois, enquanto as fronteiras terrestres já estavam praticamente fechadas com o México e o Canadá.Ao assumir a Presidência, Joe Biden manteve as regras.

Desde o verão passado, é possível viajar dos Estados Unidos para a Europa, mas os estrangeiros que se estabeleceram no país americano com alguns vistos não tinham garantia de poder voltar para casa."Foi muito difícil, só quero ver meu filho", disse à agência France-Presse de notícias (AFP) Alison Henry, uma britânica de 63 anos que viajará hoje para estar com o filho em Nova York, 20 meses depois do último encontro.

Até ontem, as proibições aéreas atingiam os 26 países Schengen, na Europa, China, Índia, África do Sul, Irã, Brasil, Grã-Bretanha e Irlanda. A estimativa do grupo comercial U.S. Travel é de que essas nações representaram 53% de todos os visitantes estrangeiros aos Estados Unidos em 2019.

Para a rota terrestre, as restrições serão suspensas em duas etapas. A partir de hoje, as pessoas que chegarem ao país por motivos considerados não essenciais, como o turismo, poderão cruzar a fronteira do Canadá ou do México desde que estejam vacinadas. Aquelas que tiverem motivos imperiosos, por exemplo, os motoristas de caminhão, estarão isentas desse requisito. A partir de janeiro, porém, a obrigação de vacinação se aplicará a todos que cruzarem as fronteiras terrestres independentemente do motivo da viagem.

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