A Síria registrou o maior número de vítimas de minas explosivas, à frente do Afeganistão e da Colômbia - informa o relatório anual do Landmine Monitor, divulgado nesta quarta-feira(10).
Pela primeira vez desde que o observatório começou a rastrear o problema em 1999, o maior número de vítimas anuais documentadas em 2020 foi registrado na Síria, com 2.729 mortos e feridos.
O país não é signatário da Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoais.
Anteriormente, Afeganistão e Colômbia, ambos signatários do tratado, lideravam a classificação.
Em seu relatório, o observatório especificou que a Síria "não documentou, ou confirmou, no período considerado, o uso de minas antipessoais por parte de suas forças governamentais, ou das forças russas que participam de operações militares conjuntas na Síria".
"Os grupos armados não-estatais na Síria continuaram, possivelmente, a usar minas terrestres improvisadas, como nos anos anteriores", acrescentou a entidade.
O estudo admitiu que "o acesso limitado ao território controlado por grupos armados não estatais dificultou a confirmação do uso de minas".
A convenção contra as minas antipessoais faz parte do direito internacional desde 1999 e tem 164 Estados-partes.
Ela proíbe tanto o uso de minas que explodem por contato humano quanto dispositivos explosivos improvisados, que podem ser ativados pela presença, proximidade, ou contato com uma pessoa.
Em 2020, as vítimas desses explosivos foram identificadas em 54 Estados e territórios, dos quais 38 Estados são signatários do tratado.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.