China

Alibaba bate recorde de vendas no 'Dia do Solteiro', apesar da pressão do governo

Na mira das autoridades chinesas em sua campanha contra os gigantes locais da Internet, a empresa do magnata Jack Ma anunciou vendas de 540,3 bilhões de iuanes (US$ 84,5 bilhões) durante este evento similar à "Black Friday" dos Estados Unidos.

Agence France-Presse
postado em 12/11/2021 08:05
 (crédito: AFP / GREG BAKER)
(crédito: AFP / GREG BAKER)

O gigante do comércio digital Alibaba bateu um recorde de vendas durante o "Dia dos Solteiros", a maior data anual de compras na China, apesar de uma tímida campanha promocional, devido à pressão do governo sobre as empresas de tecnologia.

Na mira das autoridades chinesas em sua campanha contra os gigantes locais da Internet, a empresa do magnata Jack Ma anunciou vendas de 540,3 bilhões de iuanes (US$ 84,5 bilhões) durante este evento similar à "Black Friday" dos Estados Unidos.

Junto com seu grande concorrente na indústria do comércio pela Internet, chegaram a 889 bilhões de iuanes (US$ 139,4 bilhões), uma cifra que supera o Produto Interno Bruto (PIB) de países como Porto Rico, Cuba, ou Equador.

Este valor representou um recorde de vendas e um aumento de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior, apesar de uma campanha prévia de baixo perfil, diante da pressão do governo contra o consumismo e as promoções agressivas.

O Dia dos Solteiros começou há mais de uma década como um evento de 24 horas.

No entanto, o Alibaba e seus concorrentes expandiram-no com promoções de 1º a 11 de novembro, e alguns vendedores e plataformas começam a oferecer descontos e ofertas especiais em outubro.

As plataformas digitais registraram fortes vendas de itens como eletrodomésticos, eletrônicos, produtos para animais de estimação, ou cosméticos.

Preocupadas com o crescente poder e o domínio do mercado das grandes empresas de tecnologia, as autoridades chinesas endureceram a regulação do setor.

No comércio eletrônico, o governo tem tentado controlar o uso de dados dos usuários e acabar com práticas monopolistas, como o veto que algumas plataformas fazem de produtos da concorrência.

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