A Grã-Bretanha elevou o nível de ameaça ao terrorismo do país para "grave", o segundo maior, um dia depois de um táxi explodir em frente a um hospital para mulheres de Liverpool (norte). "Estamos aumentando o nível de ameaça de 'importante' para 'grave'", disse o ministro do Interior, Priti Patel, na televisão, ao lembrar que os eventos em Liverpool foram o segundo ato considerado terrorista após o assassinato do parlamentar David Amess um mês atrás. Este nível de ameaça significa que o risco de um ataque é considerado "altamente provável".
Pela manhã, a polícia havia descrito como "incidente terrorista" a deflagração de um táxi. A explosão destruiu o veículo e matou o passageiro, suspeito de ter fabricado o artefato. O motorista ficou ferido. O povo britânico "nunca será intimidado pelo terrorismo", declarou o premiê, Boris Johnson. "Nunca cederemos àqueles que querem nos dividir com atos tolos."
Na noite de domingo, a polícia antiterrorismo relatou a prisão de "três homens de 29, 26 e 21 anos" sob a "lei do terrorismo" na área de Kensington. Ontem, um quarto homem, de 20 anos, foi detido. As razões para este "ato de terrorismo" ainda não são conhecidas, disse Russ Jackson, chefe da polícia antiterrorismo no noroeste da Inglaterra. Os investigadores acreditam que o dispositivo explosivo foi "fabricado" pelo passageiro, que o carregou para dentro do veículo e morreu na explosão.
O passageiro pegou um táxi na Avenida Rutland, em Liverpool, e teria pedido para ser levado ao hospital feminino. A polícia acredita ter identificado o autor da explosão. Seria Emad Al Swealmeen, de 32 anos. Alguns tabloides e lideranças políticas chamaram o taxista de "herói", que se feriu na explosão, mas evitou mortes de inocentes. De acordo com o tablóide Daily Mail, o motorista percebeu que o passageiro era um "suspeito" e o trancou no táxi.
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