Como ficou a PEC

De "autômato" a líder máximo

Correio Braziliense
postado em 09/12/2021 00:01

Ele foi descrito pela revista Der Spiegel como "a encarnação do tédio na política". Desde os anos 1970, passou por todos os níveis da atividade pública. Ontem, depois de conhecer a fundo o establishment alemão, Olaf Scholz, 63 anos, tornou-se o 10º chanceler da República Federal da Alemanha. Nascido em Osnabruck em 1958, Scholz entrou para o Partido Social-Democrata (SPD) quando tinha 17 anos. Era um jovem que flertava com as ideias mais à esquerda do SPD. Depois de se tornar advogado, foi eleito deputado em 1998. O batismo de fogo ocorreu entre 2002 e 2004, quando, na condição de secretário-geral do SPD, viu-se obrigado a explicar as impopulares reformas liberais de Schröder.

Os discursos em tom de autômato fizeram-no alvo de piadas e renderam-lhe o apelido de "Scholzomat". "Sempre faziam as mesmas perguntas e eu dava as mesmas respostas", brincou, recentemente, ao admitir que a descrição adotada pela mídia "não era totalmente falsa".

Em 2004, a liberalização rachou a esquerda e apressou a derrota de Schröder para Angela Merkel, em 2005. Dois anos depois, Scholz foi nomeado ministro do Trabalho. Social-democrata de tendência centrista, ele parece ter convencido parte do eleitorado. Em 2019, apresentou a candidatura para liderar o SPD, mas os militantes do partido escolheram dois quase desconhecidos mais à esquerda. Scholz, no entanto, conseguiu recuperar espaço com a pandemia, quando não hesitou em romper com a ortodoxia orçamentária. O SPD, então, o nomeou como candidato às eleições legislativas de setembro.

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