Otan

Otan rejeita pedido da Rússia de retirar convite de adesão da Ucrânia

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, rejeitou a ideia de retirar o convite de adesão da Ucrânia

Agence France-Pressee
postado em 10/12/2021 18:17 / atualizado em 10/12/2021 18:17
 (crédito: FRANCISCO SECO)
(crédito: FRANCISCO SECO)

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, rejeitou nesta sexta-feira (10) a ideia de retirar o convite de adesão da Ucrânia, como a Rússia havia pedido.

"A relação da Otan com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e a Ucrânia, e ninguém mais", disse Stoltenberg durante coletiva de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

"Não podemos aceitar que a Rússia tente restabelecer um sistema no qual as grandes potências, como a Rússia, tenham esferas de influência nas quais podem controlar ou decidir o que os outros membros podem fazer", acrescentou.

"Não vamos comprometer o direito de cada nação da Europa de escolher seu próprio destino", acrescentou Stoltenberg.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia exigiu nesta sexta que a Otan retire "formalmente" uma decisão de 2008, que abriu o caminho para a adesão da Ucrânia e da Geórgia, ao que a Rússia se opõe categoricamente.

Por sua vez, Scholz expressou nesta sexta em Bruxelas a "profunda preocupação" da Alemanha com as tropas russas concentradas na fronteira com a Ucrânia, e pediu à UE que "mantenha sua firmeza" diante de Moscou.

O novo chanceler alemão e o presidente francês, Emmanuel Macron, com quem se encontrou nesta sexta em Paris, manifestaram sua disposição de continuar a mediação franco-alemã na crise ucraniana, uma iniciativa que Scholz chamou de "base positiva".

Em uma reunião virtual realizada na terça-feira com seu par americano, Joe Biden, o presidente russo Vladimir Putin pediu "garantias legais" que excluam a possibilidade de a Ucrânia ingressar na Aliança.

Nas últimas semanas, a Rússia destacou cerca de 100 mil militares perto de sua fronteira com a Ucrânia, o que irritou Kiev e seus aliados ocidentais.

Putin não indicou se Moscou planeja atacar, mas insistiu que seu país tem o direito de defender sua segurança.

 

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