"A complexidade dos novos conflitos armados exige apoio à ideia da necessidade crescente de atores não armados. Estados usam os atores não estatais, como os mercenários do Grupo Wagner, como se fossem uma empresa de segurança privada. Fornecer um apoio intermediário a um conflito cria uma distância entre um Estado interventor e um ator apoiado. Isso osbcurece o papel e a responsabilidade do Estado. A intenção dele é se evadir da responsabilidade internacional.
O Grupo de Trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Uso de Mercenários é parte dos procedimentos especiais estabelecidos pelo Conselho de Direitos Humanos, o qual designa especialistas independentes para observarem pontos específicos sobre a questão dos direitos humanos. Somos, ao todo, cinco membros, cada um procedente de uma região diferente — África, Ásia e Pacífico, América Latina e Caribe, e Europa.
Cumprimos dois mandatos de três anos de duração, cada. Temos dois focos: os mercenários e as operações de companhias de segurança privadas. Devemos devotar nossas atenções aos dois aspectos do mandato. Monitoramos as atividades de mercenários em todas as suas formas e manifestações em diferentes partes do planeta. Também identificamos os impactos dos mercenários nos direitos humanos, no direito internacional e na autodeterminação dos povos."
Jelena Aparac, chefe do Grupo de Trabalho da ONU sobre o Uso de Mercenários
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