Sora (nome fictício) é uma mulher que, como várias outras, teve de fugir do Afeganistão com a volta do Talebã ao comando do país.
Mas no caso dela, o problema vai além da perda generalizada de direitos enfrentada pelas mulheres do país.
Ela partiu porque seu ex-marido violento, apoiador do Talebã, passou a ameaçá-la assim que o novo regime tomou o controle do Afeganistão.
Profissional da área da saúde, Sora então decidiu fugir — não conseguiu nem ao menos contar para seus pais, nem se despedir.
Confira sua história no vídeo produzido por Olga Ivshina, Vladimir Komissarov e Kateryna Khinkulova, da BBC.
Este vídeo é parte da série BBC 100 Women (100 Mulheres), iniciativa que destaca anualmente mulheres inspiradoras e influentes de todo o mundo, assim como produz reportagens que têm personagens femininas em seu centro.
Em 2021, o BBC 100 Women destaca aquelas que estão fazendo um 'reset' — ou seja, mulheres fazendo sua parte para reinventar nossa sociedade, nossa cultura e nosso mundo.
Estão na lista Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a primeira mulher primeira-ministra de Samoa, Fiam? Naomi Mata'afa, a professora Heidi J Larson, que chefia o Vaccine Confidence Project, e a aclamada autora Chimamanda Ngozi Adichie.
A lista inclui também uma brasileira: a microbiologista e divulgadora científica Natalia Pasternak Taschner, que trabalhou no combate à desinformação no país durante a pandemia de covid-19.
As mulheres do Afeganistão compõem metade da lista deste ano, algumas das quais aparecem sob pseudônimos e sem fotos para sua própria segurança.
O ressurgimento do Talebã em agosto de 2021 mudou a vida de milhões de afegãos — meninas foram proibidas de receber educação secundária, o ministério da mulher foi dissolvido e em muitos casos mulheres foram proibidas de voltar ao trabalho.
A lista deste ano reconhece o escopo de sua bravura e suas realizações ao reconfigurar suas vidas.
Confira a lista.
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