Pandemia

União Europeia planeja resposta coordenada contra covid-19

Vários países do bloco aprovaram restrições de entrada de forma unilateral

Correio Braziliense
postado em 17/12/2021 06:00
Catedral de Chester, no Reino Unido, virou centro de imunização -  (crédito: Paul Ellis/AFP)
Catedral de Chester, no Reino Unido, virou centro de imunização - (crédito: Paul Ellis/AFP)

Os líderes da União Europeia (UE) sublinharam, ontem, a necessidade de acelerar a vacinação contra a covid-19 e tentam encontrar uma posição comum diante do aumento dos contágios e do avanço da cepa ômicron. Vários países do bloco aprovaram restrições de entrada de forma unilateral. “A extensão da vacinação para todos e a aplicação de doses de reforço são cruciais e urgentes”, informaram os dirigentes. A Comissão Europeia — órgão executivo do bloco — estima que a ômicron seja a dominante no continente em meados de janeiro.

A Europa apresenta boas taxas de vacinação, em comparação com outras partes do mundo, com 67% da população com o esquema de imunização finalizado. No entanto, nove dos 27 países-membros da UE têm taxas inferiores aos 60% — Bulgária, Romênia e Eslováquia nem mesmo chegam aos 50%.
Devido à rápida propagação da ômicron no Reino Unido, a França proibirá, a partir de amanhã, as viagens não essenciais procedentes de, ou para o Reino Unido — que não faz mais parte da UE. Ontem, o Reino Unido registrou outro recorde de casos diários da covid-19 desde o início da pandemia, com mais de 88 mil infecções.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrenta uma rebelião dentro do próprio Partido Conservador por suas medidas de restrição. O chefe de governo se vê às voltas com novo escândalo: segundo investigação feita pelo tabloide The Guardian e pelo jornal The Independent revela que Johnson participou de uma festa regada a pizza com sua equipe, em 10 Downing Street (sede do Governo), em 15 de maio de 2010, durante o primeiro lockdown.

Rainha

A rainha Elizabeth II decidiu cancelar a grande refeição que organiza tradicionalmente antes do Natal com sua família devido ao aumento das infecções pela ômicron. A monarca, de 95 anos, cujas aparições públicas estão escassas desde sua breve hospitalização em outubro, havia planejado reunir cerca de 50 pessoas para almoçar na terça-feira no Castelo de Windsor, sua atual residência, a cerca de 40km ao oeste de Londres. Depois, Elizabeth II viajaria para Sandringham, no leste da Inglaterra, para passar o Natal com sua família mais próxima.

Segundo uma fonte do Palácio de Buckingham citada pela imprensa britânica, a rainha decidiu cancelar o evento como medida de precaução, devido à situação de saúde, pois os casos de covid-19 dispararam a níveis recordes no Reino Unido.

O jornal The Sun afirmou, na quarta-feira, que Elizabeth II esperava poder manter o encontro, que significa muito para ela e já foi cancelado no ano passado pela pandemia. Seria o primeiro almoço em família desde a morte de seu marido, Philip, em abril.

Na noite de ontem, os ministros da Saúde do G7 — grupo dos países mais industrializados do mundo — fizeram coro à União Europeia e pediram cooperação frente à ômicron, a qual qualificaram de “maior ameaça atual para a saúde pública mundial”.

Os ministros se mostraram “profundamente preocupados com o aumento do número de casos” da variante e consideraram “mais importante do que nunca cooperar estreitamente”, assim como “vigiar e compartilhar dados”.

Ontem, o presidente norte-americano, Joe Biden, advertiu que a ômicron vai se “propagar muito mais rapidamente”. Mais cedo, por meio do Twitter, o democrata escreveu que a melhor proteção contra a ômicron é a vacina.

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