Representantes de 57 países islâmicos se reuniram no Paquistão, neste domingo (19), para discutir o envio de ajuda humanitária para o Afeganistão, em um teste para as relações diplomáticas de seus novos governantes talibãs.
Esta reunião da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) é a maior conferência sobre o Afeganistão desde que os talibãs retomaram o poder em agosto passado. As ofertas de ajuda devem ser divulgadas hoje à noite.
Depois da queda do governo apoiado pelos Estados Unidos, bilhões de dólares em ajuda e outros recursos foram congelados pela comunidade internacional.
A ONU advertiu que o Afeganistão está à beira da pior emergência humanitária do mundo, com falta de alimentos, combustível e dinheiro. E, para agravar um quadro já dramático, este país de 38 milhões de habitantes espera um inverno rigoroso.
O ministro das Relações Exteriores dos talibãs, Amir Khan Muttaqi, participa do encontro, junto com enviados de Estados Unidos, China, Rússia, União Europeia e ONU, além de países islâmicos.
Até o momento, nenhum país reconheceu formalmente o governo talibã, e os diplomatas enfrentam agora a delicada tarefa de canalizar ajuda para o Afeganistão sem fortalecer os radicais islâmicos.
O chanceler paquistanês, Shah Mahmood Qureshi, declarou que este encontro tem como objetivo ajudar "o povo do Afeganistão", e não "um grupo particular".
Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos foram os únicos países a reconhecerem o governo talibã anterior, que vigorou de 1996 a 2001.
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