Covid-19

Países ricos recebem aviso da OMS por acúmulo de vacinas contra ômicron

Uma funcionária da OMS pediu que os países ricos não se apressem em comprar vacinas, em detrimento dos países pobres

Uma funcionária da OMS pediu nesta quinta-feira (9) que os países ricos não se apressem em comprar vacinas - em detrimento dos países pobres - e ressaltou que a necessidade de uma terceira dose contra a variante ômicron não está comprovada.

Com o surgimento dessa variante, “existe o risco de que os suprimentos globais sejam redirecionados para países de alta renda que buscam acumular vacinas para proteger excessivamente suas populações”, disse a Dra. Kate O'Brien, responsável pela vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), durante uma reunião com a imprensa.

O'Brien faz parte do Comitê Consultivo de Especialistas em Imunização da OMS (SAGE).

Na quarta-feira, as empresas Pfizer e Biontech, fabricantes de um dos imunizantes de RNA mensageiro contra a covid-19, divulgaram um estudo no qual afirmam que sua vacina também é eficaz contra a ômicron se forem administradas três doses ao invés de duas.

A OMS considerou os dados desse estudo, disse O'Brien, e de fato pode ser "que as doses adicionais possam proteger melhor contra a ômicron", mas "ainda estamos no começo".

Uma proporção significativa de profissionais de saúde e pessoas vulneráveis em países pobres não receberam ainda a primeira dose.

A funcionária enfatizou que um novo frenesi por parte dos países ricos em acumular vacinas só ajudaria a prolongar a pandemia.

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