Armas nucleares

Potências prometem evitar proliferação

Correio Braziliense
postado em 04/01/2022 00:01
 (crédito: Pavel Golovkin/AFP)
(crédito: Pavel Golovkin/AFP)

Os cinco países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas — EUA, Rússia, China, França e Reino Unido — firmaram o compromisso, ontem, de "evitar a proliferação" de armas nucleares, em declaração conjunta, antes de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação (TNP).

Em meio às negociações com o Irã sobre seu programa nuclear, as cinco potências nucleares destacaram sua "vontade de trabalhar com todos os Estados para estabelecer um entorno de segurança que permita conseguir mais avanços em matéria de desarmamento, com o objetivo final de um mundo sem armas nucleares", explicou a Presidência francesa, que coordenou os trabalhos dessas nações antes da conferência sobre o TNP.

"Afirmamos que não se pode ganhar uma guerra nuclear e que (a guerra) nunca deve acontecer", destacaram os cinco países signatários do Tratado. "Tendo em vista as consequências do largo alcance do uso de armas nucleares, também afirmamos que as armas nucleares, enquanto existirem, devem ser usadas com objetivos de defesa, dissuasão e prevenção da guerra", acrescentaram os cinco países.

"Cada um de nós manterá e reforçará ainda mais suas medidas nacionais para prevenir o uso não autorizado, ou não intencional, de armas nucleares", continuou o texto.

Signatários

Os signatários são os cinco países reconhecidos como "Estados com armas nucleares" pelo TNP. Outras três nações consideradas detentoras da bomba atômica (Índia, Paquistão e Israel) não assinaram o tratado. A Coreia do Norte denunciou o pacto. O Ocidente suspeita de que Teerã busca desenvolver lançadores balísticos de longo alcance capazes de transportar cargas convencionais, ou nucleares.

Os primeiros a mencionarem o conceito de guerra nuclear impossível de ganhar foram os então presidentes Mikhail Gorbachov e Ronald Reagan (da União Soviética e dos EUA, respectivamente), em Genebra, em 1985.

Em dezembro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu sobre o perigo de uma guerra atômica. "Com o armazenamento de mais de 13 mil armas nucleares em todo o mundo, quanto tempo durará nossa sorte?", questionou. "A destruição nuclear é uma espada de Dâmocles: bastaria um mal-entendido ou um erro de apreciação para provocar não só o sofrimento e a morte em uma escala assustadora, mas também o fim de toda a vida na Terra."

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