Entre segunda-feira e ontem, 1.082.549 norte-americanos testaram positivo para a covid-19, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. A agência de notícias France-Presse afirmou que o número deve ser visto com cautela, pois as contagens de segunda-feira costumam ser mais altas por conta de atrasos de notificações no fim de semana. No entanto, o total de infectados pode ser ainda maior — isso porque muitas pessoas adquirem os testes caseiros e não reportam os dados às autoridades sanitárias. No mesmo período, 1.688 pessoas morreram.
A cifra de novos casos equivale ao dobro do registrado na segunda-feira anterior (27 de dezembro), o que indica tendência de alta. Em todo o país, 56.189.547 infecções foram registradas — um em cada seis norte-americanos testou positivo em algum momento. Cerca de 98 mil estão hospitalizados com a doença.
Depois de se reunir na Casa Branca com a equipe de resposta à pandemia, o presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu que "as próximas semanas serão desafiadoras". "Por favor, usem suas máscaras, para protegerem a si mesmos e aos outros. Vamos superar isso. Passaremos por isso juntos", declarou.
Ele enviou um recado aos cidadãos que se negam a vacinar. "Temos as ferramentas para preservar as pessoas de doenças graves, se elas escolherem usá-las", disse o presidente. "Preocupe-se com a ômicron, mas não se assuste. Se você não se vacinar, então, tem algum motivo para ficar alarmado. Se estiver imunizado e receber a dose extra, estará altamente protegido."
Para Robert Charles Gallo, um dos descobridores do HIV (o vírus da Aids) e criador do teste para detectar o HIV, há motivos para o mundo permanecer em alerta ante o avanço da ômicron. "Embora essa cepa geralmente não mate, há pessoas suscetíveis que podem ser gravemente afetadas. Quanto mais o vírus circular, maior a chance de ele sofrer mutações, o que significa a possibilidade de potencialização da doença", afirmou ao Correio. Também cofundador e diretor do Instituto de Virologia Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, e da Rede Glonal de Vírus, Gallo defende uma escala de preocupação mundial. "A ômicron é altamente infecciosa", reiterou.
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