Cientistas descobriram, em uma floresta do Panamá, uma nova espécie de rã, batizada de Greta Thunberg, em homenagem à jovem ativista sueca e a seu combate à crise climática. O animal, que já enfrenta a ameaçã de extinção, foi descrito em artigo publicado na revista científica Zookeys, da editora Pensoft. A espécie, que recebeu o nome científico Pristimantis gretathunbergae sp. nov., no nome científico), pertence ao grupo da Rã-de-Chuva do género Pristimantis, segundo o biólogo Guido Berguido, diretor da associação Adopta Bosque Panamá. Segundo a equipe internacional de cientistas que fez a descoberta, a rã vive uma "situação sombria", relacionada às mudanças climáticas, motivo pelo qual recebeu o nome da ativista: o aumento das temperaturas pode destruir seu habitat, na área montanhosa da floresta. Ela ainda enfrenta outro desafio, um fungo mortal que afeta a pela dos anfíbios.
Terça, dia 11
Degelo do permafrost
é ameaça ao planeta
Estudos publicados na revista Nature mostram que o desgelo do permafrost no Ártico, que pode liberar grandes quantidades de gases de efeito estufa, ameaça a infraestrutura local, mas também o planeta. O permafrost, um solo que permanece congelado por mais de dois anos consecutivos, cobre 30 milhões de km2 do globo — metade deles no Ártico. Ele contém o dobro do CO2 presente na atmosfera e três vezes o que a atividade humana emitiu desde 1850, de acordo com os especialistas. Devido às mudanças climáticas, as temperaturas no Ártico aumentam muito mais rapidamente do que no resto do mundo: 2ºC a 3ºC em relação aos níveis pré-industriais. A região também registra uma série de anomalias meteorológicas. Estudo liderado por Kimberley Miner, pesquisadora do Centro de Pesquisa Espacial JPL da Nasa, indica que a temperatura do próprio permafrost esquentou, em média, 0,4°C entre 2007 e 2016, "o que aumenta a preocupação sobre a rápida taxa de degelo e o potencial de liberação de carbono".
Quarta-feira, 12
Peixes "motoristas"
Um estudo israelense concluiu que os peixes vermelhos (carpas, ou peixes dourados) são capazes de dirigir um "veículo". A constatação se deu na avaliação da capacidade dessa espécie de se adaptar e se orientar em um ambiente terrestre, explicaram os pesquisadores da Universidade Ben Gurion, localizada no Deserto de Neguev, no sul do país. Os cientistas criaram um dispositivo que permite a um peixe vermelho se deslocar, enquanto nada em um aquário colocado em um carrinho robótico, e anexaram câmeras que rastreiam o movimento do animal. O equipamento foi conectado a um computador que guiava o veículo. Quando o peixe ia para a parte dianteira do aquário, o veículo avançava. Quando permanecia na parte traseira, o dispositivo permanecia imóvel, dizem os pesquisadores, que publicaram o resultado da experiência na revista Behavioral Brain Research. Depois de alguns dias, o peixe conseguiu alcançar o objetivo, sem se perder, "independentemente de seu ponto de partida e evitando ruas sem saída", destaca o estudo.
Quinta-feira, 13
Empresas ignoram promessas ambientais
Grandes empresas e instituições financeiras com maior potencial para combater o desmatamento global agem sem levar em conta os compromissos de proteção das florestas feitas na COP26 do clima. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido pela ONG Global Canopy, que revisou os dados de 350 companhias acusadas de serem as maiores responsáveis por devastações — direta ou indiretamente. Além disso, foram analisados 150 bancos, fundos de investimento e de pensão que financiam essas empresas. De acordo com a pesquisa, uma em cada três empresas examinadas não se comprometeu a proteger as florestas e 72% delas têm algum objetivo, mas que não se estende a todos os seus produtos ou atividades relacionadas ao desmatamento. Algumas têm metas para produtos específicos, principalmente soja, carne bovina ou couro, mas "não fornecem evidências de como vão lançá-las".
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