Termômetros

Nove últimos anos estão entre os dez mais quentes já registrados, segundo agência dos EUA

Os últimos nove anos estão entre os dez mais quentes já registrados na Terra e 2021 ocupa o sexto lugar

Agence France-Presse
postado em 13/01/2022 17:07 / atualizado em 13/01/2022 17:08
 (crédito: Getty Images/BBC)
(crédito: Getty Images/BBC)

Os últimos nove anos estão entre os dez mais quentes já registrados na Terra e 2021 ocupa o sexto lugar, segundo um relatório anual de uma agência científica americana, publicado nesta quinta-feira (13).


"Os nove anos que vão de 2013 a 2021 fazem parte dos dez mais quentes registrados", afirma a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica americana (NOAA), ao publicar dados que mais uma vez reforçam o alcance do aquecimento global.


E o décimo ano que falta não remonta a muito longe, pois ocorreu em 2010.


Na segunda-feira, o serviço europeu de observação da Terra Copernicus já tinha advertido para esta tendência, afirmando que os últimos sete anos foram "claramente" os mais quentes já registrados. Em sua lista, 2021 aparece em quinto lugar, mas é habitual que ocorram pequenas diferenças nos dados das agências.


Segundo a NOAA, 2021 é o sexto ano mais quente desde que começaram os registros em 1880.


A temperatura média registrada no ano passado foi 1,04°C superior à da era pré-industrial (1880-1900).


O objetivo do Acordo de Paris é conter o aquecimento global abaixo de +2°C e, se possível, a +1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais.


Mas os compromissos de reduções de emissões, assumidos por vários países, inclusive os anunciados na COP26, em novembro, deixam o mundo em uma trajetória de aquecimento de 2,7 °C, um nível considerado "catastrófico" pela ONU.


A média de 2021 poderia ser pior se não fosse o fenômeno meteorológico La Niña, que tende a resfriar as temperaturas, destacou a NOAA.


Mesmo assim, a agência aponta que a temperatura média da superfície terrestre no hemisfério norte foi a terceira mais alta no ano passado desde 1880.


As agências europeias e americanas coincidem em que 2016 continua sendo o ano mais quente.


O aquecimento global atual, em um ritmo sem precedentes, é claramente atribuível às atividades humanas e em particular aos combustíveis fósseis (gás, petróleo, carvão), que têm sido usados maciçamente desde a Revolução Industrial.

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