Aos 80 anos, Sergio Mattarella foi reeleito presidente da Itália. Ao fim do primeiro mandato de sete anos e após sete votações fracassadas em seis dias de negociações, ele superou a maioria absoluta (505), obtendo 759 votos. "Gostaria de agradecer a confiança que me foi manifestada. Os dias difíceis que ainda atravessamos nas esferas sanitária, econômica e social exigem um sentido de responsabilidade e respeito pelas decisões do Parlamento. Essas condições obrigam-nos a não fugir ao compromisso de interpretar as expectativas e esperanças dos nossos cidadãos", assinalou Mattarella, citado pelo jornal Corrieri della Sera.
A definição das eleições ocorreu na oitava votação, realizada na noite de ontem. A recondução de Mattarella à Presidência, saudada por todas as forças políticas, exceto pelo partido de extrema-direita Fratelli d'Italia, ocorre em um cenário em que as coalizões de centro-direita e centro-esquerda foram destruídas.
Na centro-direita, houve o desmembramento do Forza Italia, que havia manifestado o desejo de negociar de forma independente. No campo progressista, as tensões internas do Movimento 5 Estrelas apontam para um nível de instabilidade semelhante entre os conservadores.
A decisão de solicitar a reeleição do presidente Sergio Mattarella ocorreu após reuniões noturnas e matinais, e ocorreu quando ex-primeiro-ministro e senador Matteo Salvini concordou em confirmar o presidente em exercício ("É mais grave parar sem e contra vetos e dizer a Mattarella "presidente, pense novamente"") — uma hipótese que ele sempre descartou.
Mario Draghi continua como primeiro-ministro. Com Mattarella, destacou um editorial do Corriere. "A eleição de Mattarella tem duas faces. Em primeiro lugar, é uma excelente notícia para a Itália, que o terá por mais um ano no Quirinale junto com Mario Draghi, primeiro-ministro no Palazzo Chigi. Por outro lado, estamos diante do amontoado de escombros do sistema partidário: é a segunda vez em pouco menos de um ano que os partidos não conseguem resolver questões fundamentais para o país."
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