disseminação do vírus

Índia suspende comícios eleitorais por aumento de casos da ômicron

Vários partidos suspenderam suas campanhas depois que muitas cidades impuseram toques de recolher, devido ao coronavírus

Nova Délhi, Índia- A Índia cancelou, nesta quinta-feira (6), os comícios eleitorais no país, devido a um aumento repentino de casos de covid-19 ligados à variante ômicron.

Em dois dias, o número de infecções triplicou no país.

Grandes multidões estiveram presentes nos eventos de campanha para as eleições de fevereiro no estado de Uttar Pradesh, no norte, o mais populoso da Índia e reduto do partido no poder, o Bharatiya Janata (PBJ).

O primeiro-ministro Narendra Modi visitou cidades-chave, onde inaugurou obras de infraestrutura e participou de rituais hindus em apoio ao governo estadual.

Vários partidos suspenderam suas campanhas depois que muitas cidades impuseram toques de recolher, devido ao coronavírus, e especialistas em saúde alertaram para um aumento exponencial nas infecções.

"Devido às preocupações com o crescente número de casos de covid, todos os comícios do partido foram cancelados", disse o porta-voz da legenda opositora Congresso, Ashok Singh, à AFP.

Outro partido da oposição afirmou que começou a fazer campanha online, enquanto o PBJ cancelou um comício programado para quinta-feira, em Noida, uma cidade-satélite de Nova Délhi que registrou um surto de infecções.

Mais de 200.000 pessoas em toda Índia morreram no ano passado em uma onda de casos de covid-19 que sobrecarregou hospitais e crematórios, atribuída, em grande parte, à disseminação do vírus em eventos eleitorais.

O ministro-chefe de Délhi, Arvind Kejriwal, anunciou esta semana que testou positivo para covid-19, depois de participar de eventos de campanha para as eleições municipais na cidade de Chandigarh.

Especialistas em saúde que assessoram o governo dizem que a variante ômicron, detectada há cinco semanas na Índia, está causando o aumento de casos nos centros urbanos.

"Não há margem de complacência", declarou o médico V.K. Paul, que trabalha com o governo para conter o coronavírus.

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