PANDEMIA

Lockdown repentino deixa chinesa presa em casa de 'date' em primeiro encontro

A mulher, identificada apenas pelo sobrenome Wang, postou sua história na rede social chinesa WeChat na semana passada e contou que ficou presa na casa do pretendente depois de um jantar

A imposição de um confinamento repentino por conta de um surto de covid-19 na cidade de Zhengzhou, no leste da China, deixou uma mulher presa na casa de um homem que ela havia acabado de conhecer em um encontro às cegas.

A mulher, identificada apenas pelo sobrenome Wang, postou sua história na rede social chinesa WeChat na semana passada e contou que ficou presa na casa do pretendente depois de um jantar.

Na postagem, ela explicou que havia chegado recentemente a Zhengzhou, vinda de Guangzhou, no sul do país, para o Ano Novo Lunar. Em 2022, a data será celebrada por diversas culturas asiáticas em 1 de fevereiro.

"Estou ficando mais velha, então meus pais organizaram mais de 10 encontros às cegas para mim", disse Wang na publicação.

Segundo ela, o quinto homem com quem marcou disse que "era bom na cozinha e me convidou para sua casa para que pudesse cozinhar uma refeição".

Durante o encontro, ela descobriu que a comunidade em que ele morava havia entrado repentinamente em lockdown por um aumento nos casos de covid-19. Por isso, ela acabou impedida de deixar a casa por vários dias.

À imprensa local, Wang relatou que ficou presa por quatro dias na casa do pretendente e que a situação "não foi nada ideal". No entanto, segundo ela, o homem cozinhou para os dois durante todo o confinamento. Ela acrescentou que "ele não fala muito".

As postagens de Wang não deixam claro se ela já foi autorizada a deixar o isolamento. Mas a alta de casos de covid-19 se manteve em Zhengzhou nos últimos dias.

Shenzhen TV
Pelas redes sociais, Wang mostrou como seu 'date' estava cuidando dela
Sina Weibo
Wang postou nas redes sociais imagem do seu confinamento inesperado

Segundo o jornal estatal Global Times, mais de 100 casos da doença foram registrados em Zhengzhou na semana passada.

Serviços não-essenciais foram obrigados a fechar suas portas na terça-feira (11/1). O governo ainda se mobilizou para testar os 12,6 milhões de habitantes da cidade e localizar possíveis portadores "silenciosos" do vírus.

A China tem uma política de tolerância zero para a covid-19, o que significa que confinamentos obrigatórios repentinos já se tornaram rotina nas comunidades em que o vírus é identificado.

Wang não foi a única pessoa a ser pega de surpresa durante um lockdown obrigatório e repentino. No mês passado, um homem que estava de mudança foi forçado a se isolar em seu apartamento vazio na cidade de Xi'an, no norte do país.

Ele contou à imprensa local que sequer teve permissão para recolher as bagagens que já estavam prontas para a viagem em seu carro e teve que pedir um edredom emprestado aos vizinhos para dormir.


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