Ucrânia

Ucrânia: EUA e aliados ocidentais disputam 'guerra de informações' com a Rússia

Tropas russas estão posicionadas perto das fronteiras com Ucrânia e autoridades dos EUA alertam que uma invasão pode ocorrer a qualquer momento

Agência Estado
postado em 09/02/2022 17:32 / atualizado em 09/02/2022 17:33
Treinamento militar em Kiev  -  (crédito: Sergei Pupinsky/AFP)
Treinamento militar em Kiev - (crédito: Sergei Pupinsky/AFP)

Tropas russas estão posicionadas perto das fronteiras com Ucrânia e autoridades dos Estados Unidos alertam que uma invasão pode ocorrer a qualquer dia. Mas uma guerra de informações entre Moscou e o Ocidente está em andamento há meses.

Em uma ruptura com as práticas anteriores, os governos dos EUA e do Reino Unido afirmaram repetidamente que têm inteligência secreta alertando que a Rússia está se preparando para invadir o território ucraniano.

No final de janeiro, Londres disse que tinha informações, algumas das quais vindas dos EUA, mostrando que a Rússia pretendia substituir o presidente ucraniano por um líder pró-Kremlin.

No ano passado, Washington divulgou um documento que dizia que a Rússia estava concentrando dezenas de milhares de soldados na fronteira ucraniana. No fim de semana passado, os EUA disseram que um ataque russo era iminente. O Kremlin negou repetidamente que planeja invadir a Ucrânia e chamou a informação de propaganda.

Liberar informações para causar dano ou deter um inimigo é uma tática antiga. O que é novo aqui é a escala disso, avalia Jonathan Eyal, diretor associado do Royal United Services Institute, um think tank britânico de defesa. Ao sinalizar as operações com antecedência, o Ocidente impede o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de "recorrer às mesmas velhas técnicas" que Moscou usou para justificar incursões na Crimeia em 2014 e na Geórgia em 2008, disse ele.

A estratégia não está isenta de riscos para as agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido, que podem expor fontes na Rússia. Além disso, se a guerra não se concretizar, os governos dos EUA e do Reino Unido, que forneceram poucas evidências para suas alegações, podem ser acusados de alarmismo.

Grande parte das informações divulgadas são pouco sofisticadas e potencialmente podem estar disponíveis por meio de várias fontes, disseram analistas, o que significa que é improvável que comprometam os informantes ocidentais. Fonte: Dow Jones Newswires.

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