Guerra no leste europeu

Rússia ameaça Finlândia e Suécia; Ucrânia desiste de entrar na Otan

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia garante que países enfrentarão 'consequências militares e políticas prejudiciais'

Nesta sexta-feira (25/2), a Rússia ameaçou mais dois países europeus caso tentem entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou a Finlândia e a Suécia sobre “consequências militares e políticas prejudiciais” que sofrerão caso sinalizem interesse em ingressar à organização.

De acordo com a porta-voz, a adesão da Finlândia ou da Suécia à Otan provocaria uma resposta séria de Moscou. "Consideramos o compromisso do governo finlandês com uma política militar de não alinhamento como um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no norte da Europa", afirmou.

A declaração foi feita logo após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradecer, em publicação nas redes sociais, o apoio dos dois países que estão ajudando a Ucrânia a construir “uma coalizão antiguerra e anti-Putin", escreveu.

Desistência

Nesta sexta , Volodymyr Zelensky fez um apelo à Rússia, pedindo negociação. "Eu quero mais uma vez fazer um apelo ao presidente da Federação Russa. Vamos sentar à mesa de negociações e parar as mortes”, solicitou. Para isso, ele garantiu que pode abandonar a possibilidade de entrar na Otan e adotar o “status neutro”, que é quando uma nação não entra em alianças militares e se mantém neutra em relação a conflitos.

“Não temos medo de falar sobre nada. Sobre garantias de segurança para nosso país. Não temos medo de falar sobre o status neutro, e não estamos na Otan no momento”, informou o líder ucraniano. Com o status neutro, Volodymyr ressaltou que o país se tornaria vulnerável.

Em resposta à súplica de Volodymyr, o porta-voz russo Dmitri Peskov disse que Vladimir Putin está disposto a negociar. “Vladimir Putin está disposto a enviar uma delegação russa de alto nível para Minsk para negociações com uma delegação ucraniana”, informou Peskov.

Apesar da sinalização de uma possível negociação, o porta-voz ressaltou que, para a Rússia e Ucrânia firmarem um acordo, uma das condições é a desmilitarização do território ucraniano.

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