Economia

FMI alerta que intensificação do conflito na Ucrânia teria graves consequências econômicas

O aumento dos preços da energia e das commodities em geral, com o barril de petróleo negociado a quase 120 dólares, se une à alta inflacionária que o mundo já vivia ao final da pandemia de covid-19

Agência France-Presse
postado em 05/03/2022 15:10
 (crédito: Olivier DOULIERY / AFP)
(crédito: Olivier DOULIERY / AFP)

O FMI advertiu que os já graves impactos econômicos globais da guerra na Ucrânia provocada pela invasão russa seriam "ainda mais devastadores" em caso de intensificação do conflito.

"Embora a situação continue sendo muito fluida e as perspectivas estejam sujeitas a uma incerteza extraordinária, as consequências econômicas já são muito grave", afirmou o Fundo Monetário Internacional em um comunicado divulgado após uma reunião de seu conselho executivo na sexta-feira.

Se o conflito se tornar mais intenso, os danos econômicos serão ainda mais devastadores, destacou a instituição.

O aumento dos preços da energia e das commodities em geral, com o barril de petróleo negociado a quase 120 dólares, se une à alta inflacionária que o mundo já vivia ao final da pandemia de covid-19.

"O salto dos preços terá efeitos em todo o mundo, em particular nas famílias de baixa renda para as quais as despesas com alimentação e energia representam uma proporção maior de seu orçamento do que a média", afirmou o Fundo.

No que diz respeito à Ucrânia, "já está claro" que o país teria que enfrentar custos "significativos" relacionados com a recuperação da economia e a reconstrução de prédios e instalações totalmente destruídos ou danificados.

Segundo o FMI, a ajuda financeira emergencial solicitada pela Ucrânia, e que a instituição havia anunciado em 25 de fevereiro, alcançava 1,4 bilhão de dólares.

O pedido pode ser formalmente apresentado à direção do FMI a partir da próxima semana.

Os países que têm relações estreitas com a Ucrânia e a Rússia estão "particularmente em risco de escassez e problemas de abastecimento", destaca o FMI.

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