A Corte Internacional de Justiça (CIJ), a mais alta corte da ONU, ordenou à Rússia, nesta quarta-feira (16), que suspenda imediatamente suas operações militares na Ucrânia.
"A Federação Russa deve suspender imediatamente as operações militares iniciadas em 24 de fevereiro de 2022 em território ucraniano", declarou o juiz-presidente da CIJ, Joan Donoghue.
Outra importante decisão foi tomada também nesta quarta-feira (16/3). O Conselho da Europa excluiu a Rússia oficialmente em razão da guerra lançada contra a Ucrânia, uma decisão histórica tomada no dia seguinte ao anúncio de saída, por parte de Moscou, desta instituição.
A exclusão foi decidida na manhã desta quarta-feira, durante uma "reunião extraordinária" do Comitê de Ministros, órgão executivo da organização, realizada um dia depois de uma votação consultiva da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE). Esta última se declarou a favor da exclusão da Rússia.
Paralelo ao movimento mundial, o presidente russo, Vladimir Putin, avaliou nesta quarta (16/3), que sua operação militar na Ucrânia é um "sucesso", afirmando que Moscou não deixará este país se transformar em uma "cabeça de ponte" para "ações agressivas" contra a Rússia.
"A operação transcorre com sucesso, em estrita conformidade com os planos preestabelecidos", declarou Putin, segundo comentários transmitidos pela televisão, assegurando, mais uma vez, que não tem a intenção de "ocupar" a Ucrânia.
O presidente considerou, no entanto, que as sanções e condenações ocidentais que atingem o governo russo, sua economia e sua cultura são comparáveis às perseguições contra os judeus e que os países ocidentais estão agindo de "maneira odiosa".
"Paralelos são traçados com pogroms antissemitas", disse ele.
Putin prometeu ajuda financeira a indivíduos e empresas para enfrentar as medidas punitivas e garantiu que a "guerra relâmpago" econômica contra seu país "fracassou".
Mais uma vez, o presidente considerou que não tinha opções contra a Ucrânia. "Nós simplesmente não tínhamos opções para resolver o problema pacificamente", disse ele, enfatizando que tinha "razões para acreditar" que "componentes de armas biológicas" estavam sendo desenvolvidos em território ucraniano.
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