Zelensky compara invasão aos ataques de 11/9

Correio Braziliense
postado em 17/03/2022 00:01
 (crédito: J. Scott Applewhite/AFP)
(crédito: J. Scott Applewhite/AFP)

Em pronunciamento virtual dirigido aos congressistas dos Estados Unidos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zolonsky, invocou dois eventos traumáticos dos americanos para clamar por ajuda do governo do democrata Joe Biden. "Senhoras e senhores, amigos americanos. Em nossa grande história, vocês têm páginas que os permitiram entender os ucranianos. Nós precisamos de vocês agora. Lembrem-se de Pearl Harbor, da terrível manhã de 7 de dezembro de 1941, quando seu céu foi obscurecido pelos aviões que os atacaram", declarou. "Lembrem-se do 11 de setembro, um dia terrível em 2001, quando o mal tentou transformar seus territórios independentes em campos de batalha. Inocentes foram atacados pelo ar, quando ninguém esperava. Nosso país experimenta o mesmo todos os dias, todas as noites, desde três semanas atrás. A Europa não experimenta esse terror há 80 anos", frisou.

Zelensky proferiu uma parte de seu discurso em inglês. "Ser o líder do mundo é ser o líder da paz", disse, ao falar diretamente a Biden e ao apelar por uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. "Você é o líder de uma nação, da sua grande nação. Espero que você seja o líder do mundo. Ser o líder do mundo é ser o líder da paz", acrescentou.  

O ucraniano retomou o famoso discurso I have a dream (Eu tenho um sonho, em tradução livre), de Martin Luther King, dizendo: "Eu tenho um sonho, essas palavras são conhecidas por todos vocês. Hoje, posso dizer, tenho uma necessidade, a necessidade de proteger nossos céus. Eu preciso da decisão de vocês, da ajuda de vocês". "É pedir demais criar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, para salvar as pessoas? É pedir demais uma zona de exclusão aérea humanitária?", perguntou, antes de projetar um vídeo de seu país sob as bombas. Ao fim, a frase: "Fechem o céu sobre a Ucrânia".

Apesar de recusar a imposição de uma zona de exclusão aérea, Biden parece ter escutado parte dos apelos de Zelensky. À noite, o democrata confirmou uma ajuda militar adicional de US$ 800 milhões (ou R$ 4 bilhões) à Ucrânia, compondo um pacote "sem precedentes" de US$ 1 bilhão em uma semana para auxiliar o Exército ucraniano a se defender. "A pedido, estamos ajudando a Ucrânia a adquirir sistemas de defesa antiaérea adicionais e de longo alcance", afirmou Biden. 

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