UCRÂNIA

Para Zelensky, conversa com Putin é 'a única maneira de parar esta guerra'

Fala do presidente ucraniano ocorreu antes da reunião com comitê russo, marcada para esta quinta-feira (3/3), para negociar o fim da invasão russa na Ucrânia

Em discurso anterior às novas negociações entre Rússia e Ucrânia, que acontecerá nesta quinta-feira (03/3), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, afirmou que precisa ter uma conversa direta com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo Zelensky, essa é "a única maneira'' de parar o conflito entre os dois países.

"Tenho que falar com Putin [...] porque essa é a única maneira de parar esta guerra", disse Zelensky em entrevista coletiva, declarando-se "aberto" e "disposto a abordar todos os problemas" com Putin.

Zelensky falou ainda sobre as atitudes de organizações mundiais e alianças em frente ao conflito. “Preciso agradecer aos países que estão fornecendo armamentos, nós temos gratidão, mas já é tarde demais. Nós demos a janela de oportunidade para esses países, e essa janela causou a perda de milhares de vidas ucranianas”, afirmou ele.

Ele explicou também que o pedido não significa que outras nações devam entrar na guerra, mas que o conflito poderia ter sido evitado. “Não estou dizendo que alguém deva entrar em guerra, mas a força e o poder dessas alianças é de evitar a guerra. Vocês são tão poderosos que podem sentar nas mesas de negociações”.

Para o presidente ucraniano é preciso mostrar a força sem luta e sem combate, entoando novamente o discurso de que o conflito pode ser resolvido diplomaticamente. “Se a Ucrânia deixasse de existir, a Letônia seria o próximo país a ser invadido, a Lituânia, a Moldávia, Geórgia, Polônia, chegaríamos até o muro de Berlim. O mundo precisa mostrar a sua força, sem lutas, sem combates, sem perder vidas, porque o poder vem da diplomacia”, completou ele.

Confira os principais infográficos sobre o assunto: 

Sabrina BLANCHARD, Maria-Cecilia REZENDE, Emilie BICKERTON / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Últimos acontecimentos da invasão russa da Ucrânia, entre 1 e 2 de março.
Simon MALFATTO, Sophie RAMIS, Maria-Cecilia REZENDE, Cléa PÉCULIER / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Mapa de Kiev com a localização das três linhas de metrô da capital ucraniana, e a zona sob controle russo da cidade, em 1 de março às 17h (Bras.).
Simon MALFATTO, Sabrina BLANCHARD, Maria-Cecilia REZENDE, Cléa PÉCULIER, Kenan AUGEARD / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Mapa com a localização das explosões, dos bombardeios e combates entre o exército ucraniano e russo, e as zonas sob controle russo, em 2 de março às 14h (Bras.).
Laurence SAUBADU, Sophie RAMIS, Maria-Cecilia REZENDE, Cléa PÉCULIER / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Mapa da Ucrânia comparando as zonas sob controle russo de 24 de fevereiro a 1º de março
Simon MALFATTO, Sophie RAMIS, Maria-Cecilia REZENDE, Kenan AUGEARD / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Localização das explosões e bombardeios desde 24 de fevereiro no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia. Crédito: Simon MALFATTO, Sophie RAMIS, Maria-Cecilia REZENDE, Kenan AUGEARD / AFP
Sabrina BLANCHARD, Emilie BICKERTON, Enric BONET-TORRA, Gabriel CAMPELO / AFP - Infograficos quarta-feira 2/3 - Mapa da Europa que mostra os deslocamentos de refugiados ucranianos para outros países europeus, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

*Com informações da Agência France-Press

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