Mansões invadidas

Alvo de sanções da comunidade internacional, magnatas russos também têm enfrentado, nos últimos dias, ações de manifestantes indignados com o alinhamento deles ao governo de Vladimir Putin. Em Londres, um grupo ocupou, ontem, uma mansão que pertenceria a um "oligarca", localizada em bairro nobre. "Temos a intenção de usar esse prédio para acolher refugiados", disse um dos invasores.

Quatro manifestantes, três deles com o rosto parcialmente coberto, foram a uma das varandas e se apresentaram sob o nome de London Makhnovists, um grupo anarquista. Eles penduraram duas faixas — uma azul, com a frase "esta propriedade foi liberada", e outra vermelha, dizendo "f.. Putin" — em duas sacadas do imponente edifício na Belgrave Square. Em uma janela, uma bandeira ucraniana se destacava.

A mansão foi cercada por um cordão policial e protegida por meia dúzia de veículos policiais. Situada perto do Hyde Park, a propriedade pertence a uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. É administrada por Graham Bonham Carter, um empresário britânico, cujas contas bancárias foram congeladas no início do mês pela Justiça britânica.

Carter cuida do portfólio de Oleg Deripaska no Reino Unido. Deripaska foi um dos sete milionários russos alvo das sanções anunciadas na quinta-feira passada, pelo governo britânico, por laços com o Kremlin.

Detenções

Em Biarritz, na França, três homens foram detidos por ocupação de uma mansão de propriedade do ex-genro de Putin. Os invasores hastearam a bandeira ucraniana. A mansão de Kirill Shamalov está situada na vila Alta Mira. Segundo a mídia internacional, o empresário foi casado com Yekaterina Tikhonova, a caçula do presidente russo.

No fim de fevereiro, a área externa de uma propriedade em Anglet, perto de Biarritz, foi destruída. A casa pertence a uma empresa imobiliária não comercial de Liudmila, ex-mulher de Putin, e de seu atual marido.