O Tribunal Penal Internacional (TPI) abrirá um escritório na Venezuela em meio à investigação por crimes contra a humanidade em manifestações antigovernamentais, informaram o promotor do órgão, Karim Khan, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Em novembro passado, o TPI — também conhecido como Corte de Haia (Holanda) — iniciou uma investigação formal por supostos crimes contra a humanidade e assinou um memorando de entendimento com o governo de Maduro para que a Venezuela adote "medidas" para garantir "a administração da justiça".
O órgão havia começado uma análise preliminar, em 2018, pela atuação de militares e de policiais no controle de protestos que deixaram uma centena de mortos em 2017. "As partes concordaram que a promotoria do TPI poderá abrir um escritório aqui em Caracas. É um passo muito importante, muito significativo", assegurou Khan, em declaração ao lado de Maduro.
Também foi acordado que a Venezuela concederá "vistos de entrada múltipla" a funcionários do TPI, acrescentou o promotor, depois de se reunir com o presidente socialista no Palácio de Miraflores.
"A Venezuela agora vai ter este escritório que vai nos permitir um nível de diálogo efetivo, em tempo real, mais eficiente, e um nível de assistência técnica que permita que o memorando de entendimento de novembro siga seu curso", declarou Maduro.
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