O fotógrafo e documentarista ucraniano Maks Levin foi encontrado morto nas proximidades da capital ucraniana, Kiev, depois de ser considerado desaparecido por mais de duas semanas.
Maksim Levin, 40 anos, "estava desarmado e foi atingido por dois tiros disparados por militares das Forças Armadas russas", afirmou o Ministério Público ucraniano, em um comunicado.
A Procuradoria anunciou que abriu uma investigação sobre o caso, por violação das leis e normas da guerra. O repórter, pai de quatro filhos, colaborou com vários meios de comunicação da Ucrânia e internacionais. "Estava desarmado, usava um colete à prova de balas com a palavra "Imprensa" e o mataram, assim como outros cinco jornalistas desde o início da guerra na Ucrânia", afirmou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Seis jornalistas ucranianos e de países ocidentais morreram e dezenas ficaram feridos na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. Ao menos três foram vitimados ao nordeste de Kiev, onde os combates se tornaram mais intensos entre as forças ucranianas e o exército russo, antes de um recuo nos últimos dias das tropas de Moscou.
Em 23 de março, a repórter russa Oskana Baulina, da organização The Insider, foi morta em Kiev por um drone contendo um explosivo. Oito dias antes, o cinegrafista Pierre Zakrzewski e a jornalista Olexandra Kuvshynova, da norte-americana Fox News, morreram em um ataque que teve a equipe como alvo. Brent Renaud, documentarista norte-americano, foi morto em 13 de março. O primeiro jornalista a morrer na guerra foi o cinegrafista Evgeny Sakun, de uma emissora local.
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