Estados Unidos

FBI aponta "motivação racial" em tiroteio em NY; 11 das 13 vítimas eram negras

O atirador foi preso e está sob custódia. Trata-se de um homem branco de 18 anos que usava roupas de estilo militar. Ele chegou a transmitir o massacre on-line

Pedro Grigori
postado em 14/05/2022 20:22 / atualizado em 14/05/2022 20:22
 (crédito:  Getty Images via AFP)
(crédito: Getty Images via AFP)

O tiroteio em um supermercado de Nova York que tirou a vida de 10 pessoas e deixou outras três feridas está sendo investigado como um "caso de extremismo violento com motivação racial", informou o FBI. Das 13 vítimas alvejadas, 11 eram negras e duas eram brancas.

O crime ocorreu na cidade de Buffalo, no estado de Nova York, em um bairro predominantemente negro. O atirador foi preso e está sob custódia da polícia. Ele é um homem branco de 18 anos que usava roupas de estilo militar e não morava na região.

Autoridades estiveram na residência do autor do massacre. Segundo John J. Flynn, promotor público do condado de Erie, havia “certas evidências” que indicam “animosidade racial” no crime. No entanto, o promotor não detalhou quais eram essas evidências.

O agente especial do FBI em Buffalo, Stephen Blodgett, disse que o tiroteio está sendo investigado tanto como um crime de ódio quanto como um “caso de extremismo violento com motivação racial”.

  • FBI aponta "motivação racial" em tiroteio em NY Getty Images via AFP
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  • FBI aponta "motivação racial" em tiroteio em NY Getty Images via AFP
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Já o xerife do condado de Erie, John C. Garcia, declarou, em coletiva de imprensa, que trata-se de “um crime de ódio com motivação racial direta”.

O prefeito de Buffalo, Byron Brown, informou que o atirador não é da cidade. “O atirador viajou horas de fora desta comunidade para perpetrar este crime contra o povo de Buffalo”, afirmou à imprensa.

Cena de horror em um supermercado

O crime ocorreu em uma loja da rede Tops Markets. Autoridades informaram durante a coletiva de imprensa que o atirador estava fortemente armado com equipamentos táticos, incluindo um capacete tático e um colete à prova de balas. Ele estava armado com um rifle de alta potência.

De acordo com o jornal The New York Times, que acompanha o tiroteio com uma equipe em Buffalo, cinco corpos foram encontrados sem vida no estacionamento do supermercado.

Uma das vítimas é um policial aposentado que trabalhava como segurança no supermercado. Ele tentou impedir o massacre e chegou a atirar contra o suspeito, que não teve ferimentos graves, já que usava um colete.

O segurança acabou sendo morto pelo atirador. Durante a coletiva de imprensa, o comissário de polícia de Buffalo, Joseph A. Amalia, chamou o segurança de "um herói aos nossos olhos".


Crime foi transmitido on-line



O atirador usava uma câmera durante o crime. Autoridades informaram que ele transmitiu o tiroteio ao vivo no Twitch — um popular serviço de streaming de vídeo ao vivo de propriedade da Amazon, usado principalmente por gamers.

Procurada, o Twitch disse que retirou do ar a transmissão. Em um comunicado, uma porta-voz do Twitch disse que o site “tem uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de violência e trabalha rapidamente para responder a todos os incidentes. O usuário foi suspenso indefinidamente de nosso serviço e estamos tomando todas as medidas apropriadas, incluindo o monitoramento de quaisquer contas que estejam retransmitindo este conteúdo".

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