Internacional

Turquia exige 'passos concretos' para apoiar Suécia e Finlândia na Otan

A Turquia disse que se opõe à adesão dos países à aliança militar ocidental, citando queixas com o apoio percebido da Suécia - e em menor grau da Finlândia - ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão

Agência Estado
postado em 25/05/2022 23:13
 (crédito: Kenzo Tribouillard / AFP)
(crédito: Kenzo Tribouillard / AFP)

Uma autoridade turca de alto escalão insistiu após conversas com autoridades suecas e finlandesas nesta quarta-feira, 25, que a Turquia não concordaria com a adesão dos dois países nórdicos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a menos que medidas específicas fossem tomadas para lidar com as objeções de Ancara.

"Deixamos bem claro que, se as preocupações de segurança da Turquia não forem atendidas com medidas concretas em um determinado prazo, o processo não avançará", disse Ibrahim Kalin em entrevista coletiva após as negociações em Ancara que duraram cerca de cinco horas.

A Turquia disse que se opõe à adesão dos países à aliança militar ocidental, citando queixas com o apoio percebido da Suécia - e em menor grau da Finlândia - ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, e outras entidades que a Turquia vê como ameaças à segurança. O governo turco também acusa a Finlândia e a Suécia de impor restrições à exportação de armas à Turquia e de se recusar a extraditar suspeitos de "terroristas".

Kalin disse que a proposta da Turquia de suspender os limites de exportação de armas foi recebida com uma "atitude positiva" pelas delegações sueca e finlandesa. Ele acrescentou que as negociações continuarão assim que os governos nórdicos responderem às demandas da Turquia.

A Turquia também espera a extradição de 28 suspeitos de "terrorismo" da Suécia e 12 da Finlândia, disse Kalin, acrescentando que "não há base legal ou judicial" para não extraditá-los. A mídia estatal turca havia dito anteriormente que a Turquia exigia a extradição de 33 suspeitos dos dois países. 

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