Assédio Sexual

Caso por assédio sexual contra Bill Cosby começa na Califórnia

Judy Huth afirma que Cosby a assediou na mansão Playboy em meados dos anos 1970, quando ela tinha apenas 15 anos

O suposto assédio sexual contra uma adolescente há quase cinco décadas coloca de novo na mira o comediante Bill Cosby, que deve enfrentar nesta segunda-feira (23) o início de um processo civil na Califórnia.

Judy Huth afirma que Cosby a assediou na mansão Playboy em meados dos anos 1970, quando ela tinha apenas 15 anos.

Huth afirma que, como consequência desse episódio, sofreu "danos psicológicos e angústia mental". Ela alega que conheceu Cosby em um set de filmagem e que, dias depois, foi convidada para seu clube de tênis.

Lá, segundo Huth, Cosby lhe deu álcool e a levou para a mansão Playboy, onde a forçou a ter relações sexuais.

O ator nega as acusações deste caso que começa hoje em Santa Monica, com a seleção dos jurados, enquanto a exposição dos argumentos está prevista para a próxima semana.

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Esta é mais recente de uma série de ações legais contra Cosby, de 84 anos, que, décadas atrás, foi um dos atores mais famosos da televisão por seu papel na série "The Cosby Show".

Várias mulheres afirmam ter sido vítimas de agressões sexuais por parte de Cosby.

O caso de Huth foi arquivado em 2014, mas estava em suspenso enquanto o ator enfrentava outras acusações por ataques indecentes na Pensilvânia.

O comediante foi condenado por drogar e agredir sexualmente uma mulher há 17 anos, mas se livrou da prisão depois que a Suprema Corte do Estado decidiu que o ator não teve direito a um julgamento justo.

Sentenciado a uma pena que ia de três a dez anos, Cosby cumpriu pouco mais de dois anos de prisão. Sua libertação enfureceu os ativistas do movimento #MeToo, que trouxe à tona os casos de assédio sexual em Hollywood.

A condenação do comediante se tornou um marco, pois foi o primeiro veredicto de culpabilidade contra uma celebridade por assédio sexual desde que teve início o movimento global contra a violência sexual e o abuso de poder.

A decisão da Suprema Corte estadual foi motivada por elementos técnicos, e não por uma exoneração.

Os juízes escreveram que, por causa de um acordo de não acusação entre um ex-promotor e Cosby, com base em evidências apresentadas para um caso civil, o ator não deveria ter sido acusado criminalmente.

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