Ucrânia

Amigos informam morte de brasileiro no front

Correio Braziliense
postado em 07/06/2022 00:01
 (crédito: Facebook/Reprodução)
(crédito: Facebook/Reprodução)

"Obrigado por ter salvado a minha vida em Irpin... E me perdoe por não estar ao seu lado nessa última missão. A guerra é o inferno. (...) Eu não vou deixar seu nome ser esquecido." O combatente brasileiro André Kirvaitis publicou essa mensagem, no Instagram, por volta das 14h de ontem, em homenagem ao xará e colega André Hack Bahi, um gaúcho de 43 anos, enfermeiro de formação e socorrista. No domingo, o próprio Kirvaitis anunciou a morte de André Hack em combate contra as forças da Rússia. "Obrigado por tudo, irmão. Você foi um bravo guerreiro e sou muito grato a você por ajudar na defesa do meu país, Ucrânia. Descanse em paz, guerreiro. Meus profundos sentimentos à família e aos amigos", escreveu. Também no domingo, outro voluntário das tropas ucranianas, um peruano identificado como Wiman, publicou um vídeo com fotos e filmagens de Hack, acompanhado da mensagem: "Descanse, irmão legionário Andre Hack". 

Até o fechamento desta edição, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou não poder confirmar a morte de André Hack. No entanto, a Embaixada do Brasil em Kiev apura relatos de que um brasileiro teria morrido no front. Em seu perfil no Facebook, a irmã de Hack, Tatiane Hack Bahi, informou que a família não tinha confirmação da morte, "apenas notícias e publicações". "Nós, familiares e amigos, estamos em busca da verdade. Vamos lutar por isso, Hack Andre Bahi. Te amamos e te esperamos." Se confirmada, será a primeira morte de um combatente brasileiro na Ucrânia. 

De acordo com relatos, ele teria morrido em confronto com os russos em Severodonetsk, no território de Luhansk (leste da Ucrânia), onde os os combates se intensificaram nas últimas semanas. A tomada da cidade é fundamental para a Rússia assumir o controle de toda a região do Donbas. Pai de três crianças, de 2, de 9 e de 14 anos, André Hack nasceu em Porto Alegre e foi criado em Eldorado do Sul (RS). A experiência como segurança privado no Brasil e como integrante da Legião Estrangeira da França, um ramo do serviço militar do país, levou-o a ser incorporado rapidamente às Forças Especiais do Exército ucraniano. O brasileiro teria chegado à Ucrânia no fim de fevereiro, poucos dias depois da invasão. 

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