Financiamento

Falta de recursos obriga programa da ONU a racionar alimento para refugiados

De acordo com esta agência da ONU, 75% dos refugiados apoiados pelo PAM na África Oriental viram suas porções reduzidas em até 50%

Agence France-Presse
postado em 19/06/2022 11:00
 (crédito: Claudio BRESCIANI / TT News Agency / AFP)
(crédito: Claudio BRESCIANI / TT News Agency / AFP)

O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) advertiu, neste domingo (19), que será obrigado a racionar a ajuda aos refugiados da África Oriental e Ocidental, por falta de financiamento adequado e apesar das necessidades crescentes.

De acordo com esta agência da ONU, 75% dos refugiados apoiados pelo PAM na África Oriental viram suas porções reduzidas em até 50%. Os mais afetados são os que se encontram em Uganda, Etiópia, Quênia e Sudão do Sul.

"Somos obrigados a tomar a dolorosa decisão de reduzir as rações de alimentos para os refugiados que dependem de nós", lamentou o diretor-executivo do PMA, David Beasley.

Na África Ocidental, especialmente Burkina Faso, Camarões, Chade, Mali, Mauritânia e Níger, o PAM reduziu "de maneira significativa" as rações. E as interrupções são iminentes em vários outros países, alerta Beasley.

Na terça-feira passada (14), o PMA disse que precisa urgentemente de US$ 426 milhões para os próximos seis meses para evitar a fome no Sudão do Sul, onde mais de dois terços da população precisa de ajuda humanitária. Pelo menos 8,3 milhões de pessoas, incluindo refugiados, enfrentam um quadro de "fome aguda grave" este ano.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação