Nova Pandemia?

OMS não recomenda cancelamento de grandes eventos na Europa por varíola do macaco

A OMS pediu aos organizadores desses eventos que alertem sobre o risco com campanhas de comunicação, identifiquem casos rapidamente, detenham a transmissão e protejam as pessoas

Agence France-Presse
postado em 24/06/2022 22:27 / atualizado em 24/06/2022 22:31
Esta foto de folheto tirada no ano de 2004 e recebida em 23 de maio de 2022 do Instituto Robert Koch (RKI), a agência do governo federal alemão e instituto de pesquisa responsável pelo controle e prevenção de doenças, mostra uma captura por microscopia eletrônica de seção ultrafina do vírus da varíola dos macacos. Como o único laboratório que fabrica uma vacina licenciada contra a varíola, a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic viu sua carteira de pedidos encher à medida que a doença geralmente rara se espalha pelo mundo. -  (crédito: Freya KAULBARS / RKI Robert Koch Institute / AFP)
Esta foto de folheto tirada no ano de 2004 e recebida em 23 de maio de 2022 do Instituto Robert Koch (RKI), a agência do governo federal alemão e instituto de pesquisa responsável pelo controle e prevenção de doenças, mostra uma captura por microscopia eletrônica de seção ultrafina do vírus da varíola dos macacos. Como o único laboratório que fabrica uma vacina licenciada contra a varíola, a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic viu sua carteira de pedidos encher à medida que a doença geralmente rara se espalha pelo mundo. - (crédito: Freya KAULBARS / RKI Robert Koch Institute / AFP)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (24) que os festivais e shows de verão na Europa não devem ser cancelados devido à varíola do macaco, mas pediu vigilância para evitar a propagação do vírus.

Os casos da doença vêm aumentando desde maio nos países onde não é endêmica e se concentram especialmente na Europa ocidental.

Até o momento foram detectados 3.200 casos e uma morte em 48 países, de acordo com a OMS.

"Temos todos os festivais de verão, shows e outros eventos que estão começando no hemisfério norte" que "podem representar um ambiente propício para a transmissão", disse Amaia Artazcoz, especialista em aglomerações da OMS.

"No entanto, não recomendamos adiar ou cancelar nenhum desses eventos nas áreas onde foram identificados casos de varíola do macaco", acrescentou durante uma conferência virtual sobre o tema.

Segundo Sarah Tyler, consultora de comunicações de emergências sanitárias da OMS Europa, haverá mais de 800 festivais na região, que reunirão centenas de milhares de pessoas de vários países.

"Muitos participantes têm muita mobilidade e são ativos sexualmente e alguns deles terão contatos íntimos pele a pele nesses eventos ou ao redor deles", afirmou Tyler, ressaltando que se não tomarem cuidado, "corremos o risco de ver um aumento dos casos de varíola do macaco na Europa neste verão".

A OMS pediu aos organizadores desses eventos que alertem sobre o risco com campanhas de comunicação, identifiquem casos rapidamente, detenham a transmissão e protejam as pessoas.

Os sintomas da doença, que costuma durar cerca de três semanas, incluem febre, dor de cabeça, inflamação dos linfonodos, dores musculares e fadiga. Depois, surgem erupções no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, lesões, pústulas e, por fim, crostas.

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