O segundo dia das comemorações pelo jubileu de platina de Elizabeth II, 96 anos, foi marcado pela ausência da rainha na Missa de Ação de Graças em homenagem às sete décadas de reinado e pelas presenças do neto, o príncipe Harry, e da esposa, a atriz Meghan Markle. O casal manteve discrição nos eventos de quinta-feira e, ontem, atraiu aplausos e vaias, ao chegar à Catedral de St. Paul, em Londres. Harry abandonou a monarquia britânica em 2020 e, por causa disso, não pôde se reunir à família real para assistir ao Desfile do Estandarte, a partir da sacada do Palácio de Buckingham, na véspera. Também ficou proibido de usar o uniforme militar. Enquanto o marido parecia desconfortável, mordendo os lábios algumas vezes, Meghan sorria, mas também evidenciava certa tensão.
Buckingham anunciou que Elizabeth II também não comparecerá, na manhã de hoje, à 243ª edição do Derby de Epsom Downs, a corrida de cavalos mais famosa do Reino Unido. Para a historiadora britânica Sarah Gristwood, autora de Elizabeth: The Queen and the Crown (Elizabeth: A Rainha e a Coroa), a ausência da monarca nos eventos é "muito preocupante". "A fé de Elizabeth II e sua paixão pelo esporte sempre foram muito importantes para ela. No entanto, os britânicos têm se acostumado a verem a rainha ser substituída nos eventos. Em certo sentido, isso permite alívio físico para uma senhora de 96 anos, mas também acostuma a nação a ver o príncipe Charles desempenhando um papel central", explicou ao Correio.
Gristwood aposta que a rainha abre caminho para a transferência da coroa. "A monarquia tem tudo a ver com sucessão. Mas não vejo indícios de abdicação. A maioria das funções de Elizabeth II pode ser delegada sem a necessidade de abdicação."
As celebrações do jubileu terão outro ponto alto na noite de hoje, com um show organizado pela emissora BBC, na frente do Palácio de Buckingham. Durante duas horas e meia, grandes bandas e cantores se apresentarão em homenagem a Elizabeth II — no line up, estão nomes como Queen e Adam Lambert, Elton John, Duran Duran, Alicia Keys, Diana Ross e Andrea Bocelli. (RC)