Ucrânia

Rússia quer anexar territórios controlados da Ucrânia, alertam EUA

Moscou começou a implantar "uma versão do que pode ser chamado de manual de anexação, muito semelhante ao que vimos em 2014", quando invadiu e anexou a Crimeia

Correio Braziliense
postado em 20/07/2022 06:00
 (crédito: Igor Tkachev/AFP)
(crédito: Igor Tkachev/AFP)

Os Estados Unidos acusaram a Rússia de promover planos para anexar mais território ucraniano. "A Rússia está preparando as bases para anexar o território ucraniano que controla, em violação direta da soberania da Ucrânia", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC), John Kirby, a repórteres. "A Rússia instala representantes e funcionários ilegítimos nas áreas da Ucrânia que estão sob seu controle", acrescentou.

De acordo com Kirby, Moscou começou a implantar "uma versão do que pode ser chamado de manual de anexação, muito semelhante ao que vimos em 2014", quando invadiu e anexou a Crimeia. Além disso, Kirby disse que a Rússia tem planos de organizar "referendos falsos" nas áreas controladas, possivelmente em setembro. "A anexação forçada será uma violação flagrante da Carta da ONU e não permitiremos que fique sem resposta ou impune", afirmou Kirby.

O porta-voz do NSC disse que estava "expondo" os planos russos "para que o mundo saiba que qualquer suposta anexação é premeditada, ilegal e ilegítima". "Vamos responder, rápida e severamente, e em paralelo com nossos aliados e parceiros."

Traição

O Parlamento da Ucrânia apoiou o pedido do presidente, Volodymyr Zelensky, de demitir a procuradora-geral, Iryna Venediktova, e o chefe da agência de Segurança Nacional, Ivan Bakanov, no maior abalo político do país desde a invasão russa em fevereiro. Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, está no Irã, onde planeja discutir com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, a exportação de grãos ucranianos.

Em Kiev, os deputados apoiaram a decisão de Zelensky de demitir a procuradora-geral e o chefe da agência de segurança nacional. Zelensky anunciou, no domingo, a demissão dos dois funcionários, acrescentando que 650 casos de suposta traição, ajuda e cumplicidade com a Rússia estão sendo investigados.

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